Após o primeiro dia de operação da Central de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa-RS) em área temporária em Gravataí, a direção da central ajustou o horário de funcionamento. Em vez de operar após o meio-dia, as bancas e caminhões vão poder faze a venda das 9h às 15h de segunda a sexta-feira.
A Ceasa foi estruturada em área externa do
centro de distribuição da rede de farmácias São João, às margens da freeway (BR-290), no sentido Porto Alegre-Litoral Norte. A
sede na Zona Norte de Porto Alegre está inundada, com mais de 2,7 metros de lâmina água em 42 hectares,
impedindo o suprimento de alimentos.
O presidente da empresa da central, Carlos Siegle, diz que 311 empresas atacadistas e 1.570 produtores tiveram perdas totais na sede, no bairro Anchieta. São danos em câmaras frigoríficas a escritórios. "Vamos nos preocupar com isso (danos) quando a água baixar. A preocupação agora é não deixar faltar alimentos para os gaúchos", diz Siegle.
Sobre o acerto par uso do CD, o presidente da Ceasa recorda: "Minha conversa com o presidente da São João, Pedro Brair, durou um minuto e 10 segundos. Ele só me disse: "Quando tu vem?", recorda Siegle.
"A gente espera que volte a uma rotina normal em 15 dias", aposta a produtora de Torres Fernanda Hendler, que já opera na instalação provisória em Gravataí.
Outra informação importante é que a área provisória no CD será disponibilizada tanto para atacadistas cadastrados como para outros produtores que queiram comercializar produtos. "Muitos produtores e atacadistas possuem estoques de até 90 dias. Mesmo diante de desafios climáticos, o fornecimento de alimentos está assegurado", diz a Ceasa, em nota.