A
falta de água para comprar em supermercados se tornou o problema número um de moradores de Porto Alegre e de cidades da Região Metropolitana. A situação é agravada porque a
Capital está com racionamento do consumo, devido à paralisação no
abastecimento sob impacto das inundações.
As redes varejistas passaram a restringir unidades por clientes, para administrar a escassez de produtos.
Nas lojas, consumidores relatam que não acham produto. Quando ocorre a reposição, a mercadoria termina em minutos.
"Limitamos o número de unidades em duas por cliente, mas, em poucos minutos, terminou tudo. Enfrentamos filas para conseguir produtos nas empresas fornecedoras", conta Marcelo Pereira, da rede Guarapari.
Supermercado em Viamão repôs produto, limita unidades e água esgota rapidamente. Marcelo Almeida/Divulgação/JC
O problema, segundo a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) é verificado em Porto Alegre e na Região Metropolitana. A Agas informa ainda que, em contato com uma marca de água mineral, obteve informação que tem produto na sede, mas a dificuldade é caminhão para o transporte.
A Companhia Zaffari, que tem filiais com dificuldades, informa "algumas lojas estão enfrentando interrupção de reposição de itens, em decorrência de obstrução logística ou por alta demanda de consumo".
As filas são gigantes nas unidades. Na manhã desta terça-feira, consumidores se enfileiravam para fora do hipermercado da marca no Bourbon Country, na Zona Norte. Na loja de rua da avenida Ipiranga, as filas estão por corredores e funcionários monitoram a retirada de garrafões de água.
Muitos clientes reforçam: "É cena de guerra" para fazer o abastecimento.
Fila para comprar água é gigante e se estende para fora de supermercado em shopping em Porto Alegre
Para dar conta da demanda, o Zaffari começou a racionar a venda de unidades por compra. "Porém, a demanda é maior do que a disponibilidade do estoque", diz a rede, em nota.
A companhia garante que está recebendo produto em sua Central de Distribuição, próximo ao Aeroporto de Porto Alegre, na Zona Norte, para envio às lojas. A limitação é de duas unidades de embalagens de cinco e seis litros e de 12 para garrafas de 500 mililitros.