Uma banca centenária do Mercado Público de Porto Alegre vai abrir a terceira loja e segunda de rua, fora do complexo de varejo situado no coração do Centro Histórico. A Banca do Holandês, que vende de queijos a bacalhau, estreia sua nova operação no dia 29 no Plínio Mall, na avenida Plínio Brasil Milano, 1689, em direção à Zona Norte.
Em nota, a marca informa que prepara a abertura do quarto ponto, previsto para o segundo semestre. Outra meta é expandir a venda para o mercado B2B, fornecendo a restaurantes e outras operações. A nova aposta da marca, que teve investimento de R$ 3 milhões e geração de 30 empregos, reforça o movimento que começou em 2021, quando a Banca inaugurou a primeira unidade fora do complexo do Centro.
A Banca do Holandês é comandada por Sérgio Lourenço Rosa e Adriana Alcântara e seus filhos, Renata Alcântara e Lourenço Rosa. A família está à frente do negócio desde os anos de 1970. Em 2023, a receita teve alta de 11% frente a 2022. O valor do faturamento não é divulgado.
O primeiro destino fora do Centro foi o bairro Bela Vista. Na época, a estratégia foi de estar mais perto de clientes que já iam ou ainda vão ao Mercado Público. Buscar pontos em bairros com maior renda atende ao perfil de demanda que busca o portfólio de itens, com padrão de qualidade e preços diferenciados.
Negócio é comandado por Lourenço e Adriana e os filhos Renata e Lourenço Rosa (esq p/ dir). Foto: Vini Dalla Rosa/Divulgação
No pós-pandemia, com as restrições e mudanças no fluxo para o Centro, outros nomes tradicionais também seguiram a trilha de ter pontos fora, como a Banca 43, que já está na segunda unidade. A primeira fica também na Bela Vista e a mais recente nas imediações do Iguatemi Porto Alegre.
O Plínio Mall tem pegada de vizinhança, com galeria de operações em diversos segmentos, de alimentos, doces, cafeteria, colchões, petshop à farmácia. A Banca do Holandês vai abrir de segunda a sábado, das 9h às 20h. "É uma loja que traz a cultura do Mercado para o bairro de uma forma mais confortável”, descreve o CEO da Banca do Holandês, Sérgio Lourenço, em nota.
O projeto da loja tem referências de mercados de países como Suíça, Áustria, Itália e Espanha. O modelo deve ser levado para as outras unidades, dizem os gestores. "A paixão por conhecer a cultura e gastronomia local nos faz querer trazer um pouco de cada um para o Holandês”, traduz Renata, à frente do comercial da empresa.
Segunda a empresa, a loja terá espaço para consumo. Serão comidinhas elaboradas com produtos encontrados na prateleira e criadas pelo chef Felipe Di Sicca. O mix de produtos oferecidos é o mesmo das demais operações. A nova loja tem 220 metros quadrados. São 300 rótulos de queijos, 150 de fiambres, 200 marcas de azeite e mais de mil rótulos de vinhos nacionais e importados.
A banca foi fundada em 1919 pelo holandês Dirk Van Den Brul. No Mercado Público, a marca mantém a posição original até hoje. A expansão atual foi antecedida por outros dois movimentos. Em 2008, a Banca 38, também no Mercado Público, foi incorporada à empresa e virou a Adega do Holandês. Em 2018, foi montado um centro de distribuição no bairro Floresta, com mais de 2 mil metros quadrados de área. A estrutura foi pensada para suportar a expansão que está a todo vapor em 2024.