Patrícia Comunello
A coluna foca novidades sobre operações, tendência e desempenho do consumo e traz olhar de quem empreende no varejo do Rio Grande do Sul, com conteúdo multimídia.
Porto Alegre, sáb, 29/03/25
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Publicada em 02 de Abril de 2024 às 11:56
Bom Princípio mira o exterior e aposta em força de certificação alimentar
Chimia de morango é um dos produtos exportados para mercados no exterior
BOM PRINCÍPIO ALIMENTOS/DIVULGAÇÃO/JC
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JC
Uma das marcas mais populares no Rio Grande do Sul entre amantes das famosas chimias (doces de frutas), tradição herdada dos imigrantes alemães e italianos, quer crescer ainda mais no mercado interno e externo, alicerçada em uma credencial poderosa em vendas, segundo a empresa.
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Uma das marcas mais populares no Rio Grande do Sul entre amantes das famosas chimias (doces de frutas), tradição herdada dos imigrantes alemães e italianos, quer crescer ainda mais no mercado interno e externo, alicerçada em uma credencial poderosa em vendas, segundo a empresa.
A Bom Princípio Alimentos acaba de renovar a certificação internacional que atesta segurança em todas as etapas de elaboração dos produtos na indústria do interior gaúcho. A auditoria, realizada no fim de fevereiro, avaliou mais de 150 processos nos mais diversos setores da operação. A marca tem o certificado desde 2021.
Segundo a empresa, com sede em Tupandi, a "manutenção da norma FSSC 22000, renovada pela Global Food Safety Initiative (GFSI), é um trunfo na investida recente para chegar a mais países.
"Montamos um time de comércio exterior em 2023 e já estamos vendendo para a América Latina e África. Recentemente, tivemos a aprovação de linha de produtos pelo FDA (Food and Drug Administration), nos Estados Unidos", lista o gerente de marketing, Marcelo Altenhofen. O FDA é equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil.
"Nos EUA, estamos mirando o mercado da saudade", pontua o gerente. O "mercado da saudade" abrange brasileiros que residem no país e que buscam consumir produtos da sua terra.
"Há espaço para isso. E um bom exemplo disso é a chimia, iguaria reconhecida pela sua afetividade, sabor, tradição e cultura”, valoriza Altenhofen.
Para acessar mais destinos no exterior, como o norte-americano, e outros como o mexicano, alvo também de recente abordagem durante uma feira de alimentos no país, em comitiva organizada pela ApexBrasil.
Além de México, que deve entrar na lista de compradores, Chile, Uruguai, Guiana Francesa e Angola já estão entre os destinos recentes, com venda de creme de avelã e chimia, por exemplo. "Antes tínhamos embarques pontuais, sem um time focado no mercado internacional", demarca o gerente. O Paraguai é hoje o comprador mais forte, com foco em atacados para padarias e supermercados. "México e América Latina como um todo são importantes."
Bom Princípio busca diversificação além do mercado interno
Hoje 98% da receita da Bom Principio vêm do mercado interno. "Temos muita expectativa sobre o mercado externo. Os alimentos têm muita capacidade e linhas têm muito apelo. Gradualmente, vamos mais a feiras no exterior para prospectar", resume o gerente: "Visitamos muitos países, mas as feiras têm muito fluxo."
A marca registrou crescimento de 33,6% na receita bruta em 2023 ante 2022.`Para 2024, a meta é ter alta de 30% no faturamento. Um novo centro de distribuição em Cabo de Santo Agostinho vai melhorar a logística para entrega no Norte e Nordeste.
"Estamos no grupo Mateus (supermercados). É uma grande rede e formadora de opinião. Quem está no Mateus consegue entrar em outras operações. Vamos levar as geleias a 270 lojas e vamos entrar no Muffato este ano", cita
O reforço da porção norte do Pais ajudará a dividir o que hoje está muito concentrado no Sul, que lidera com 60% das compras. O Sudeste e Centro-Oeste devem ganhar mais fatia também com a atuação de equipes comerciais e também presença em grandes feiras nacionais.
Um segmento que ganha espaço na carteira de compras é o de eventos, especialmente em São Paulo, onde cresce 20%. "Temos uma equipe na capital paulista que atende só casas de festa. São 7 mil no País e 5 mil só no Sudeste", cita o gerente.
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