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Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 01 de Março de 2024 às 20:29

Lebes ergue complexo logístico de R$ 500 milhões no RS

Drebes, de uma altura de 15 metros, no primeiro pavilhão que terá o CD da varejista

Drebes, de uma altura de 15 metros, no primeiro pavilhão que terá o CD da varejista

PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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Patrícia Comunello
O presidente da gaúcha Lojas Lebes, Otelmo Drebes, encara uma altura de 15 metros só para experimentar, pela primeira vez, a sensação única de ver, do alto, o que é a aposta mais recente do grupo familiar, com uma história de quase 70 anos no varejo.
O presidente da gaúcha Lojas Lebes, Otelmo Drebes, encara uma altura de 15 metros só para experimentar, pela primeira vez, a sensação única de ver, do alto, o que é a aposta mais recente do grupo familiar, com uma história de quase 70 anos no varejo.
Sete décadas que, até abril, terão sido centradas no ponto físico e, mais recentemente, turbinada pelo canal digital. Mas em 14 de maio, voluntariamente no dia do aniversário de Drebes, nasce um gigante da grife Lebes.
Neste dia, já está agendada a largada oficial do complexo Ellosul (iniciais de Ecossistema Logístico do Grupo Lebes) em Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), com investimento projetado de R$ 500 milhões ou meio bilhão de reais, com implementação em três a quatro anos, projeta o empresário. 
A estimativa do grupo é de gerar 3 mil empregos diretos, quando operadores locarem toda a estrutura. A área de implantação tem 63 hectares e foi comprada pela varejista em 2012. O valor não foi divulgado da aquisição não foi divulgado. 
A velocidade de implantação vai se adequar à demanda do mercado, observa o presidente. A primeira unidade de sete pavilhões, cada um com 38 mil metros quadrados, estreia em maio como novo centro de distribuição (CD) da rede.
O CD do grupo varejista migra de um parque logístico de Gravataí, também na RMPA, para o novo ativo do grupo, situado no km 297, às margens da BR-116, principal ligação do Sul do Estado com a Capital e o resto do País. O CD vai ser quase duas vezes maior que o atual. Serão 200 funcionários na largada da operação.
A segunda unidade já está sendo instalada, com as 148 colunas que são padrão e se repetirão em todas as demais. A terceira virá logo depois. "A ideia é fazer em sequência, depois de alugar o segundo e já ter o terceiro pronto. Vamos erguer o quarto pavilhão e os demais na medida em que forem tendo demanda, até o sétimo", delineia Drebes. "Nossa expectativa é montar um cada nove meses."
Entre 2023, início da implementação e este ano, o aporte deve bater em R$ 160 milhões, com média de R$ 80 milhões por unidade, contabiliza o presidente.  
O aporte, que terá mais dois parceiros - a Habitasinos e a Grepol -, tanto construção como participação com recursos, já se credencia a ser um dos mais volumosos em logística no médio prazo no Rio Grande do Sul. "Vamos ter, quando terminarmos, o maior complexo logístico privado do Estado, com 264 mil metros quadrados de área para operações", dimensiona o empresário.
 
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Projeto (imagem) prevê sete pavilhões logísticos, além de operações de atacarejo, hotel, restaurantes e serviços 

Nasce um novo ecossistema logístico

"É um conceito de ecossistema logístico", define Drebes, que se apressa em esclarecer que o negócio principal do grupo continuará a ser vender itens que vão de geladeira, televisão, celular, vestuário a bicicleta.
Além da estrutura gigante focada em operações com produtos finais, da demanda que circula em marketplaces a operações varejistas físicas, com suas prateleiras verticais de 12 ou mais metros de altura, o complexo terá, em área já reservada na frente do mega terreno, outros serviços.
A área em frente ao parque logístico já está reservada para ter atacarejo, restaurantes, farmácia, loja de materiais de construção, hotel e posto de combustíveis.
"São mais cinco hectares para estas facilidades que apoiarão o complexo também e a região", define Drebes. A única dúvida dos empreendedores é se há mesmo demanda na região para uma unidade de hospedagem.
"Mas atacarejo já mapeamos e já grupos interessados", adianta o empresário, sem revelar ainda as marcas. O formato de varejo de alimentos é o que mais expande no Estado. Perto dali, em Guaíba mesmo, tem unidade da bandeira Stok Center, da Comercial Zaffari, de Passo Fundo. 
"É uma construção triple A, com padrão mundial, e é será a número um de sete no total", valoriza e dimensiona o presidente. Para quem está acostumado a contabilizar filiais - e são mais de 300, com retomada este ano de aberturas, como já revelou a coluna Minuto Varejo -, a gestão e montagem do ecossistema é um desafio. Em 2023, a rede suspendeu a abertura de lojas devido à conjuntura adversa.
O diretor de Operações e Logística da Lebes, José Rafael Rocha, destaca as condições dos futuros pavilhões, como distanciamento de 25 metros entre os vãos, luminosidade natural (não tem luzes no teto), conforto térmico e piso que suporta alta carga de peso.
O cercamento elétrico, um dos itens do sistema de segurança, gera uma "blindagem" ao Ellosul. Dentro do negócio do grupo, Drebes diz que o complexo será um complemento de receita, como outros braços existentes na área financeira, em logística e outros serviços.

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