Farmácia e supermercado puxam vendas do varejo gaúcho em 2023

PMC, do IBGE, apontou alta de 2,3% a média do volume comercializado no RS

Por Patrícia Comunello

Farmácias tiveram alta de 6%, melhor desempenho no conceito restrito
O desempenho do varejo gaúcho em 2023 foi puxado por dois motores de vendas e que explicam muito da conjuntura que marcou o ano. A dupla farmácia e supermercados teve os melhores desempenhos, com altas de 6% e 4,1% respectivamente, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Segmentos dependentes de crédito sofrem queda

Em dezembro, no fechamento do ano passado, o varejo restrito seguiu o mesmo percentual de 12 meses, crescendo 2,3% no volume vendido no Estado. A maior alta foi de combustíveis e lubrificantes, de 10,7%. Em 12 meses, o setor avançou 6%, ficando no nível de farmácias.
Os economistas questionam a base de dados. No primeiro semestre, a base usada pelo IBGE acabava gerando elevações de mais de 40% a 50% na bomba, frente aos registros de notas eletrônicas de vendas pelo Estado abaixo de 10%. 
Hipermercados e supermercados, subiram 10,5% em dezembro, artigos farmacêuticos, 4%. Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação registraram elevação de 22,4% no fechamento anual e 0,4% no acumulado de 12 meses.
Nos desempenhos negativos, figuraram tecidos, vestuário e calçados, com queda de 0,7% em dezembro e 6,1% no ano. Móveis e eletrodomésticos tiveram alento, com leve alta de 1,1% em dezembro, mas acumularam recuo de 1% no ano. Livros, jornais, revistas e papelaria despencaram 18,4% em dezembro e, em 12 meses, 12,2%. Em 12 meses, de janeiro a dezembro de 2023, veículos, motocicletas, partes e peças tiveram vendas 2,7% menores, já material de construção, -0,5%, e atacarejos, queda de 8,4%.
O ampliado teve queda de 1,9%, influenciada pelos recuos em veículos (2,7%) e de venda de materiais de construção (3,4%) no mês. Atacarejos avançaram 3,5% no fechamento do ano. Mas em 12 meses, veículos subiram 9,1%, enquanto materiais de construção venderam 0,5% menos e atacarejos, -8,4%.