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Minuto Varejo
Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 24 de Fevereiro de 2024 às 20:09

CEO da Renner garante: "Temos bastante oportunidade para abrir novas lojas"

"O movimento de outros varejistas e players não tem impacto", afirma Faccio

"O movimento de outros varejistas e players não tem impacto", afirma Faccio

PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
"O movimento de outros varejistas e players não tem impacto", afirma Faccio

"O movimento de outros varejistas e players não tem impacto", afirma Faccio

PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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Patrícia Comunello
A gaúcha Lojas Renner, maior varejista de moda do Brasil, vai manter a expansão em 2024, no mesmo ritmo de 2023, revela o CEO da companhia, Fabio Faccio, à coluna Minuto Varejo. Mas os fechamentos também chamam a atenção. No Rio Grande do Sul, foram dois desde dezembro, de filiais em Garibaldi, aberta em 2021, e a da rua Padre Chagas, em Porto Alegre.
A gaúcha Lojas Renner, maior varejista de moda do Brasil, vai manter a expansão em 2024, no mesmo ritmo de 2023, revela o CEO da companhia, Fabio Faccio, à coluna Minuto Varejo. Mas os fechamentos também chamam a atenção. No Rio Grande do Sul, foram dois desde dezembro, de filiais em Garibaldi, aberta em 2021, e a da rua Padre Chagas, em Porto Alegre.

VÍDEO: Assista à íntegra da entrevista com o CEO da Lojas Renner

A Capital agora tem apenas um ponto de rua, a histórica loja da avenida Otávio Rocha, Centro da Capital, a primeira aberta pela bandeira, que, aliás, passará por reforma em breve, como adiantou Faccio, na entrevista, em meio ao lançamento da 11ª edição da Feira Brasileira do Varejo (FBV).
Na conversa, o CEO explica as desativações, fala de novas lojas no Uruguai e do ambiente na Argentina e garante que a recente união Arezzo e Soma não impacta a Renner.
Minuto Varejo - Como começou 2024 para a Renner?
Fabio Faccio - A gente vem em um momento muito positivo. Tivemos um ótimo final de ano. O Natal foi bom, com lojas cheias, consumidores felizes. Temos uma recuperação do fluxo, assim como a população se restabelece, após anos mais difíceis. Temos uma expectativa muito positiva para 2024.      
MV - O ano abriu com união do grupo Soma (Hering e Farm) e Arezzo e segue a concorrência das plataformas estrangeiras. Como este cenário impacta a companhia?   
Faccio - O movimento de outros varejistas e players não tem impacto. São marcas já existentes que podem ou não trabalhar juntas, além do processo ser longo. Estamos muito concentrados na evolução contínua das nossas marcas, dos nossos negócios, produtos e das coleções para serem cada vez mais encantadoras para os clientes. Sobre as plataformas estrangeiras, o governo deve endereçar alguma solução. Não faz nenhum sentido um varejista nacional ter uma a carga tributária entre 80% e 109%, que é altíssima, e um comércio internacional não pagar imposto. Não se quer elevar tributo de ninguém, ao contrário. Se todo mundo pagar, os impostos serão menores. Queremos igualdade. O consumidor também sai ganhando.  
MV - O governo está demorando mais do que devia em agir?
Faccio - É uma ação de interesse coletivo. Todas as associações e federações de varejo e indústria e sindicatos estão presentes no tema, além de áreas do governo. Por que não se aumenta o número de empregos, por que os produtos não podem ser mais baratos se tiver igualdade de condições? Esperamos para breve uma solução.    
MV - Como atrair consumidores para a loja física: a Renner acertou o ponto? 
Faccio - Temos um novo modelo de loja, que as pessoas já veem no Iguatemi Porto Alegre. É uma loja mais conectada e interativa, com experiência cada vez mais fluida. O ponto físico é importantíssimo para o nosso segmento, pois o consumidor que consome moda quer sentir e provar o produto. Tem a conveniência do digital, mas as lojas precisam ter uma experiência mais completa.  
MV - Vai ter abertura de lojas este ano? 
Faccio - Estamos ainda em fase de definição dos principais números para o ano, mas com certeza teremos muitas aberturas. Devemos manter o ritmo dos últimos anos, mantendo a expansão.
MV - A interiorização segue como em 2023?
Faccio - Estamos tentando chegar cada vez mais próximos dos mercados onde ainda não estamos presentes, seja na vizinhança das grandes cidades ou em localidades menores. A previsão é que continuemos com este movimento para a vizinhança e para o interior dos estados. Temos bastante oportunidade para abrir novas lojas.
MV - Por que fechou a filial da Padre Chagas? 
Faccio - Temos muitas lojas próximas e na cidade. O importante é estar presente onde a gente ainda não está. Aquela região é bem atendida por outras unidades e podemos usar os recursos para chegar onde ainda não estamos presentes. É uma região de fluxo não muito intenso e acaba tendo sobreposição. 
MV - Só tem uma loja de rua agora na Capital. Pode ter mais?
Faccio - Em geral, temos mais lojas de shopping nas grandes cidades. Vamos fazer uma pequena reforma na unidade no Centro para qualificá-la. Vamos dar cara nova e investir na região.
MV - Pode ter mais fechamentos?
Faccio - A princípio, é um movimento natural ao varejo. A gente tem aberturas e fechamentos. Isso sempre ocorreu e sempre ocorre. Com certeza, temos muito mais aberturas do que fechamentos. O saldo é de crescimento, com perspectiva positiva não só para este ano, mas para os próximos.   
MV - Como está a operação na Argentina? 
Faccio - Temos uma presença pequena. Ainda é cedo para afirmar como o país vai se comportar, mas já mostra melhoras, após a mudança de governo, com operação mais ajustada e definição de como entra produto e quanto paga. Começa a ter um pouco mais de segurança, o que é bastante positivo. 
MV - Pode ter mais lojas na Argentina ou no Uruguai? 
Faccio - Abrimos mais lojas no Uruguai no fim do ano. Reabrimos em Punta del Este, após um incêndio no shopping center, e inauguramos mais uma na cidade. Sim, podemos ter novas lojas. Oportunidade de crescimento e expansão é no continente todo.

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