Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora
Minuto Varejo
Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 03 de Fevereiro de 2024 às 12:17

Renner fechará no Moinhos ficando com apenas uma loja de rua em Porto Alegre

Filial da Renner na rua Padre Chagas teve aporte de R$ 1 milhão em 2022 para agregar digitalização

Filial da Renner na rua Padre Chagas teve aporte de R$ 1 milhão em 2022 para agregar digitalização

VINI DALLA ROSA/DIVULGAÇÃO/JC
Compartilhe:
Patrícia Comunello
A maior varejista de moda do Brasil começa 2024 no Rio Grande do Sul, sua terra natal, com fechamento de loja. A Renner vai tirar de cena uma das duas únicas filiais de rua que ainda existem em Porto Alegre. Desta vez, sete meses após fechar a unidade no icônico prédio da antiga Livraria do Globo, no Centro Histórico, o alvo é a Renner do bairro Moinhos de Vento, região nobre da Capital.
A maior varejista de moda do Brasil começa 2024 no Rio Grande do Sul, sua terra natal, com fechamento de loja. A Renner vai tirar de cena uma das duas únicas filiais de rua que ainda existem em Porto Alegre. Desta vez, sete meses após fechar a unidade no icônico prédio da antiga Livraria do Globo, no Centro Histórico, o alvo é a Renner do bairro Moinhos de Vento, região nobre da Capital.
A loja da rua Padre Chagas, a mais badalada do Moinhos ainda, fechará em 21 de fevereiro. A companhia, com capital listado na bolsa de valores B3, confirma que a filial será desativada. O ponto, aberto em 2015, é considerado diferenciado, voltado ao perfil da região, de classe média alta.  
Os 15 funcionários da unidade serão realocadas em outros pontos, informa Nilton Souza, o Neco, presidente do Sindicato dos Comerciários da Capital (Sindec-POA). "Três foram desligados, mas por performance e não pelo fechamento", diz o dirigente, com base em informação repassada. A companhia indica que está sendo feita a realocação em outros pontos.  
Por que a Renner decidiu tirar de cena a operação, que teve investimento de R$ 1 milhão, no fim de 2022, para deixá-la mais omnichannel, ou seja, com maior integração entre diferentes plataformas, do digital e físico, com  equipamentos para que os clientes possam fazer as próprias operações de compra e acessar coleções no e-commerce da marca? 
Neco, com base em informações internas da varejista, cita que a "Padre Chagas já não é mais o point de Porto Alegre e que a rua foi minguando de público", provocando "forte queda nas vendas". 
Em nota, a companhia alega que "aberturas e fechamentos são naturais no varejo e que está sempre atenta aos desejos dos clientes".
No ano passado, a explicação sobre a desativação da unidade da Livraria do Globo e duas dezenas de pontos pelo País, parte no mercado gaúcho, seguiu a mesma linha: mercado e eficiência.
O CEO da Renner, Fabio Faccio, disse, em conversa com a coluna Minuto Varejo, que a varejista estava fazendo ajustes defasados, que não haviam sido feitos em meio à pandemia, por isso a concentração em um trimestre (primeiro de 2023) de tantos fechamentos. Além disso, o movimento de abertura passaria por cidades médias e onde a marca não está presente.      
Sem a opção na Padre Chagas, clientes terão de ir a shopping centers, como Iguatemi, Bourbon Ipiranga e Total, os mais próximos, além da megaloja na avenida Otávio Rocha, no Centro, primeira loja aberta na história da varejista e que passará a ser a única de rua em Porto Alegre. A marca está ainda no Praia de Belas Shopping, Shopping João Pessoa, Bourbon Teresópolis e Wallig.  
A Renner tem mais de 50 lojas físicas no Rio Grande do Sul. A companhia investiu, em 2023, R$ 51,1 milhões no Estado. Foram R$ 32,4 milhões em quatro novas lojas (três Renner no interior - Canela, Taquara e Montenegro - e uma Youcom, em Porto Alegre) e R$ 28 milhões na reforma da megaloja no IguatemiPOA, para adequá-la a características de sustentabilidade, dentro de conceitos da economia circular.
Já em 2021 e 2022, foram inauguradas 13 unidades, número bem superior ao de 2023, considerando media de quase sete pontos, ante quatro do ano passado. 

Notícias relacionadas