Uma palavrinha que muita gente usa para definir o estado de espírito virou a senha do que a loja física precisa ter para se manter relevante na jornada do consumidor: vibe. Falando de forma bem clara: ter vibe é tudo hoje para manter o fluxo de clientes.
Uma palavrinha que muita gente usa para definir o estado de espírito virou a senha do que a loja física precisa ter para se manter relevante na jornada do consumidor: vibe. Falando de forma bem clara: ter vibe é tudo hoje para manter o fluxo de clientes.
Um dos palestrantes da NRF Retail's Big Show, que foi de 14 a 16 deste mês em Nova York, Lee Peterson, vice-presidente executivo da WD Partners, reforço a senha e delineou quesitos que farão o ponto entrar no caminho das pessoas.
"Os consumidores querem explorar o local, ter inspiração e sentir o que é a marca", resume o vice-presidente da WD. Peterson disse que as pessoas buscam uma atmosfera emocional com 'vibe' e atendimento humanizado.
O executivo disse que as operações têm de focar em ações para "despertar o interesse dos consumidores em frequentar a loja física".
"O consumidor não 'tem' que ir ao ponto, tem que 'querer' ir", avisou à plateia lotada. Os atrativos vão de design do ponto, visual merchandising, música ambiental e atendimento de qualidade, repetindo o peso do contato humano.
Nailê, do Iguatemi Porto Alegre, acredita que as lojas no Brasil estão criando ambientes atrativos. Foto: Patrícia Comunello/JC
"Qual é o valor de ter lojas físicas? Dada a atual infinidade de maneiras fáceis de levar mercadorias rapidamente à sua porta, ficar para trás é certamente compreensível, mas inquestionavelmente arriscado", afirmou ele, colocando em xeque a "concorrência" do canal digital".
Peterson observou que, desde a emergência do online, as empresas vêm buscando tornar as lojas mais parecidas com os sites, o que deve ser repensado.
A WD ouviu mais de 2 mil consumidores para saber a relação com os pontos físicos. A pesquisa mostrou que 63% dos consumidores americanos preferem o varejo digital e justamente frequentam o varejo físico por motivos funcionais: para provar um produto, para devolver um item, busca por promoções, porque precisam de algo imediatamente ou para retirar algo comprado online.
Nailê Santos, gerente-geral do Iguatemi Porto Alegre, que acompanhou a maratona do evento, reagiu com otimismo, logo depois do painel de Peterson.
"A gente tem isso nas nossas operações. Acho que, no Brasil, tem muita coisa acontecendo. As lojas têm ambientes atrativos, inspiradores, utilizam recursos como aromas e música", opina Nailê.