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Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 16 de Janeiro de 2024 às 14:55

Luiza Trajano, sobre IA: "Não usamos tão bem quanto vamos usar"

Megaempresária destaca que tema veio com mais força na edição da feira em Nova York

Megaempresária destaca que tema veio com mais força na edição da feira em Nova York

PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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Patrícia Comunello
Veterana de NRF Retail's Big Show, que se encerra nesta terça-feira (16) em Nova York, a megaempresária e principal liderança do grupo Mulheres do Brasil que se dedica a ampliar o espaço feminino em áreas chave das empresas, Luiza Trajano, considera o tema da inteligência artificial (IA) como um dos hits na edição da feira em 2024.
Veterana de NRF Retail's Big Show, que se encerra nesta terça-feira (16) em Nova York, a megaempresária e principal liderança do grupo Mulheres do Brasil que se dedica a ampliar o espaço feminino em áreas chave das empresas, Luiza Trajano, considera o tema da inteligência artificial (IA) como um dos hits na edição da feira em 2024.
Para a varejista, o setor ainda não usa a tecnologia em seu potencial mais recente ligado a IA generativa:
"Não usamos tão bem quanto acho que vamos usar", projeta Luiza, que participa da NRF desde 2013. Chegou a não comparecer na edição de 2023, no pós-pandemia. Ela aproveita também para observar que viu uma NRF com muito mais mulheres em sessões de destaque e também sendo fonte de informação.
"Avançamos muito. Vinha aqui não encontrava mulheres fazendo entrevistas, o que mudou e vi muito mais além de negras dirigindo grandes sessões. Isso me deixou muito feliz", afirmou a empresária. "Não quer dizer que a luta não continua, mas tem de celebrar a conquista que já temos", completou.
Sobre a aplicação de IA, Luiza identificou uma maior intensificação sobre o tema e espera que o recurso entre com mais força no setor:  
"Existe uma forma de fazer IA, que é o que a gente já faz com a assistente virtual Lu, mas ninguém tá usando muito esta que é tema aqui e que surge de forma mais intensa há mais de seis meses, que é de realmente buscar perguntas individuais, one to one, para cada pessoa", detecta Luiza, referindo-se à IA generativa.
Mas a megaempresária chamou atenção para a "questão de ética" no uso do recurso. "Fiquei feliz de ver uma das pessoas que mais entende de IA dizer que jamais pode deixar a ética de fora. Tem de ter garantia de como lidar com a internet", destacou a varejista brasileira.
"A nova legislação que está sendo feita precisa definir as sanções. Isso é muito importante, se a gente quiser que essa inteligência dispare", 
Sobre o varejo físico, que teve na NRF maior atenção com caminhos sobre como tornar o ponto mais atrativo, a varejista avaliou que "novos caminhos pós-Covid começam a nascer, com lojas diferentes e mais inovação".
"Fala-se de uma loja física com mais emoção, entretenimento, com coisas diferentes para atrair o consumidor, mesmo que seja para pegar o produto que ele comprou on-line", descreveu ela. O tema do futuro da loja física também teve espaço na NRF, o que para Luiza é resolvido com o avanço da multicanalidade.
"Não se discute mais se é digital, é uma realidade", observou, indicando que o modelo é o da rede que já comandou: "A Magazine já é um super aplicativo, com mais de 300 mil sellers, vendemos roupas, tecidos, calçados, alimentação. Não somos mais uma empresa que vende só eletrodoméstico no digital."
Sobre conjuntura so setor, Luiza disse que segmentos como o de celulares, que tiveram boom de venda na pandemia, e que experimentaram depois redução na demanda, agora começam a retomar o consumo.
Variáveis como inflação, que teve elevação afetando com impacto "até mesmo os Estados Unidos", começa a estabilizar. "No Brasil, a inflação e os juros estão caindo, o que ajuda bastante o varejo. O juro é crucial, porque a população de renda mais baixa depende muito da prestação", conectou ela.
"A tendência é a taxa continuar baixando. Janeiro já foi melhor do que esperava (vendas)", acrescenta a megaempresária.

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