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Minuto Varejo
Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 02 de Janeiro de 2024 às 15:19

Lebes voltará a abrir lojas, depois de parada estratégia na expansão em 2023

Lebes vai abrir unidades com mais de mil metros em cidades do interior do Rio Grande do Sul

Lebes vai abrir unidades com mais de mil metros em cidades do interior do Rio Grande do Sul

PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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Patrícia Comunello
Uma das maiores redes gaúchas de varejo de departamento, com setores de eletromóveis a vestuário e utilidades domésticas, vai voltar a abrir lojas. Depois da parada estratégica na expansão em 2023, para ajustes operacionais, busca de mais eficiência e controle do nível de inadimplência dos clientes, a Lebes agendou para abril a abertura da primeira unidade na nova safra. O destino?
Uma das maiores redes gaúchas de varejo de departamento, com setores de eletromóveis a vestuário e utilidades domésticas, vai voltar a abrir lojas. Depois da parada estratégica na expansão em 2023, para ajustes operacionais, busca de mais eficiência e controle do nível de inadimplência dos clientes, a Lebes agendou para abril a abertura da primeira unidade na nova safra. O destino?
"Canguçu (primeira do ano). Depois, Três de Maio, Palmeira das Missões e Canela. Essas são certas (pontos contratados), outras em negociação", adianta o CEO da rede, com mais de 350 filiais no Sul do Brasil, Otelmo Drebes. O executivo e um dos donos da rede estima entre cinco a seis novas lojas em 2024
"Serão lojas padrão, bem boas, com mais de mil metros quadrados, no interior do Estado", dimensiona o CEO. O investimento por unidade é de R$ 1 milhão, com abertura de 15 a 20 vagas de emprego.
Além disso, a rede vai turbinar o modelo da Lebes Express, que é mais compacta, com área menor. Este front não terá mais unidades, mas ação para melhorar fluxo e conversão. Hoje são 30 Express na operação. 
"Vou incrementar bem a venda de moda nas Express, pois ajuda a viabilizar a loja menor", explica o varejista gaúcho.
Sobre o desempenho de 2023, o presidente diz que a receita avançou 6% ante a de 2022, variação nominal (sem descontar a inflação). "Com preços (itens), em geral, baixando. Fabricantes vendem com preço menor e repassamos aos clientes", pontua o presidente. A indústria busca reduzir estoques mais elevados devido a vendas na ponta menores. 
A reta final do ano, que é a temporada mais farta e esperada de vendas, foi "muito boa", garante Drebes. "Crescemos 12% mais que ano anterior, fechando todas as metas de vendas e crédito e cobrança", detalha.

O conselho do CEO da Lebes e Meu Primeiro Crediário 

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Drebes aconselhou colegas varejistas, em maio de 2023, a segurarem expansões. Foto: Lebes/Divulgação
Em maio do ano passado, ao falar com a coluna Minuto Varejo sobre a suspensão de inaugurações, Drebes deu um conselho curto e direto a colegas varejistas: "Esperem".
Segundo o CEO, a incerteza sobre a conjuntura econômica, após a troca de governo, e indicadores adversos, como elevado percentual de atrasos de consumidores e ritmo mais fraco de vendas em geral - os segmentos de eletromóveis e vestuário tiveram queda em volume comercializado ou andaram de lado em 2023, segundo dados do IBGE -, embasaram a decisão.
"Não cancelamos (abertura). Esperar três meses ou seis meses não vai fazer diferença em 67 anos", observou o varejista. 
Os ajustes, na esteira da pisada no freio da expansão - a rede chegou a projetar que poderia chegar a 80 novas unidades nos três estados no ano passado -, deram certo, disse Drebes à coluna, na reta final de 2023. "Fizemos a lição de casa."
A conduta da rede não foi exceção. Num ano com crise de grandes varejistas, de Americanas, que entrou em recuperação judicial (RJ) a Tok&Stok, e também regionais, como TaQi, do grupo Herval e com 17 filiais fechadas de uma só vez, e Lojas Aldo, que também entrou em RJ, o mantra mais ouvido no comércio foi: "vigiem o custo operacional".  
Com a respirada ante uma menor pressão de custos (mais lojas podem acrescentar vendas e mercado, mas trazem junto mais despesas), a Lebes lançou, no segundo semestre, um programa para atrair consumidores jovens, com a ideia do Primeiro Crediário. O CEO é o mentor e principal entusiasta do programa, que concede limite a filhos de clientes da rede, mas o risco de inadimplência é todo da empresa. 
"Não vou cobrar do pai, nem colocar o guri no SPC ou fazer processo de cobrança. O risco é todo nosso. Estamos apostando no futuro dessa geração. Daqui a 10 anos, o guri que teve crédito estará formado e trabalhando e não vai esquecer onde teve o primeiro crédito. Aí ele vai comprar na Lebes", descreveu o presidente, em entrevista ao Minuto Varejo, em outubro do ano passado.

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