O mais recente baque no varejo brasileiro, sentido com força no Rio Grande do Sul, a do fechamento de unidades do Carrefour, maior varejista do País, previsto até o fim de janeiro, já afeta a jornada de clientes. Loja do Nacional que vai fechar em Atlântida, em Xangri-Lá, no Litoral Norte, tem falta de produtos. O Carrefour vai encerrar pontos de hipermercados (ex-BIG) em diversas cidades, como Porto Alegre, Esteio, Rio Grande e Santa Cruz do Sul.
O mais recente baque no varejo brasileiro, sentido com força no Rio Grande do Sul, a do fechamento de unidades do Carrefour, maior varejista do País, previsto até o fim de janeiro, já afeta a jornada de clientes. Loja do Nacional que vai fechar em Atlântida, em Xangri-Lá, no Litoral Norte, tem falta de produtos. O Carrefour vai encerrar pontos de hipermercados (ex-BIG) em diversas cidades, como Porto Alegre, Esteio, Rio Grande e Santa Cruz do Sul.
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VÍDEO: Loja do Nacional em Xangri-Lá tem falta de produtos
A razão: a reposição de mercadorias não estaria ocorrendo. Prateleiras ostentam carência de mercadorias em segmentos que se esgotam e não é feita a reposição usual. Caminhões para abastecer a unidade não estariam chegando ao local dentro das rotas usuais da operação, segundo apurou a reportagem do Jornal do Comércio. Caso se mantenha a situação, a dúvida é se as lojas não fecharão antes da previsão do fim de janeiro,
Na região, a bandeira tem lojas em Capão da Canoa, Torres e Tramandaí.
O fim da operação da filial e a de Imbé foi comunicado na semana passada aos empregados. São cerca de 150 trabalhadores nas duas lojas. "Houve surpresa e choro", relatou uma pessoa que acompanhou a reunião.
Muitos empregados haviam sido contratados para a temporada do veraneio, prática comum devido ao aumento da demanda, com maior fluxo para as férias.
A presidente do Sindicato dos Comerciários de Santo Antônio da Patrulha e Litoral Norte, Adriana Costa de Oliveira, disse que recebeu a notícia da área de relações intersindicais do grupo no Estado. "Vão fechar em janeiro", citou Adriana. E o motivo para desativar as unidades?
"A venda está muito baixa. Em comunicado, dizem que vão remanejar funcionários", acrescenta a dirigente comerciária. "Elas (lojas) concorrem com os atacarejos, que conseguem oferecer preço melhor. Isso vem afetando o movimento", cita a presidente do sindicato dos comerciários.
Paradoxalmente, o mesmo formato que provoca o fim de operações deve gerar vagas para quem ficar desempregado, acredita a dirigente. Em Imbé, deve abrir um Macromix, do grupo Unidasul.
"Os funcionários saem para trabalhar nos mercados grandes. Tem muita rotatividade. Se o Carrefour não conseguir realocar as pessoas em outra loja, elas não vão ficar desempregadas", aposta Adriana.
A coluna apurou que o segmento varejista na região percebia a queda no fluxo e ainda na qualidade das lojas.
Colaborou Mauro Belo Schneider, editor do site do JC