Atualizada às 19h05min de 18/12/2023 - A Subway, lanchonete norte-americana e uma das maiores marcas de fast-food no mundo, assumiu a operação da franquia no Brasil, retirando a brasileira SouthRock, em processo de recuperação judicial (RJ) por dívida bilionária, da linha de frente da rede. A coluna Minuto Varejo obteve a informação de franqueados no Rio Grande do Sul.
Atualizada às 19h05min de 18/12/2023 - A Subway, lanchonete norte-americana e uma das maiores marcas de fast-food no mundo, assumiu a operação da franquia no Brasil, retirando a brasileira SouthRock, em processo de recuperação judicial (RJ) por dívida bilionária, da linha de frente da rede. A coluna Minuto Varejo obteve a informação de franqueados no Rio Grande do Sul.
A decisão foi comunicada a detentores de franquias em todo o Brasil. Reuniões estão previstas esta semana coma rede em São Paulo e Brasília. São mais de 1,6 mil lojas pelo País. No Estado, são cerca de 80 unidades.
A SouthRock pediu
recuperação judicial em fim de outubro, aceita pela Justiça paulista em 12 de dezembro, mas
não incluiu a rede de lancherias no rol de empresas para o procedimento. Isso não ocorreu porque a operação da Subway é superavitária e quem toca são os franqueados, ou seja, o custo da operação é de quem está à frente de cada loja e não estava na mão da operadora.
A SouthRock chegou a abrir algumas lojas do fast-food, que seriam teste para assumir as demais, mas isso não foi levado adiante ou não deu tempo.
Estão no processo na Justiça as operações da cafeteria Starbucks e o restaurante Fridays. O Eataly, um food market italiano mega gourmet, chegou a figurar, mas foi retirado.
Quem assume a Subway no Brasil
Segundo a nota oficial repassada às franquias no sábado (16), a gigante de fast-food designou que a divisão da América Latina passe a responder pela gestão, até a definição de novo operador.
Outra orientação repassada é que os royalties pelo uso da marca não sejam mais pagos à empresa Subway Brasil, que é ligada à SouthRock. A rede não pagará os valores, por enquanto, até segunda ordem, que deve estar ligada à contratação de novo operador.
"A notícia nos dá segurança e tranquilidade de que a Subway mundial está de olho no que está acontecendo no Brasil", resumiu um franqueado gaúcho, à coluna. A medida vale desde sábado.
"O importante é que o cliente final, que consome os produtos da Subway, não seja prejudicado", reforça o franqueado, citando que nada tinha mudado, mesmo em meio à crise da SouthRock. "Fornecedores estavam normais, tudo. Estamos operando normalmente", acrescenta o lojista.
Em resposta ao pedido de informações, a Subway informou à coluna que não vai se manifestar.
O grupo SouthRock já havia respondido, em nota ao Minuto Varejo, ao ser questionado sobre o futuro da relação com a marca de lanchonetes, que "estava em processo de revisão", mas sem especificar se isso envolvia o fim do contrato.
A SouthRock teve um curto período de tempo à frente da marca de fast-food. O grupo assumiu a Subway em maio de 2022. Em meio à crise e o fato da Subway ter ficado fora da RJ, já se falava que a gestão da rede de lancherias estava voltando aos donos. Faltava a medida ser comunicada oficialmente aos franqueados.
Starbucks e a crise da SouthRock
As dificuldades e o tamanho do rombo da operadora brasileira também estremeceram a relação com a Starbucks International, que já comunicou a rescisão do acordo de uso de marca, antes inclusive do pedido de RJ ser feito.
Desde que veio à tona a RJ, foram fechadas dezenas de cafeterias, uma delas em Porto Alegre. Restam cinco, sendo quatro na Capital e uma em Canoas. Além disso, a abertura de novas unidades foi cancelada em Porto Alegre e em Caxias do Sul.