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Justiça aceita pedido de recuperação judicial da SouthRock, operadora da Starbucks
Crise na SouthRock levou a fechamento de lojas da Starbucks, uma no Rio Grande do Sul
Pouco mais de 40 dias depois de ir à Justiça alegando passivo de quase R$ 2 bilhões, a operadora da cafeteria Starbucks no Brasil, a SouthRock, obteve sinal verde para seguir com a recuperação judicial (RJ). Em nota, o grupo, que também detém as marcas Eataly e TGI Fridays no País e controlava a Subway, comunicou, nesta terça-feira (12), que a 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo aceitou o pedido. O Eataly entrou na RJ, mas depois foi retirado do processo.
"Com essa importante decisão, a companhia dará sequência ao processo de reestruturação de suas operações, já iniciado com o apoio de consultores externos e stakeholders, que tem como objetivo proteger as marcas que representa, os partners (colaboradores), os consumidores e as suas lojas", comenta a SouthRock, na mesma nota.
A manifestação segue linha adotada quando o grupo decidiu ir ao Judiciário no começo de novembro passado. Desde que o caso veio à tona, a operadora já fechou mais de 40 unidades da Starbucks pelo País, uma delas no Rio Grande do Sul. Foi desativada uma das três lojas que funcionava no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre.
Na Capital, as quatro lojas remanescentes registram dificuldades (duas no aeroporto, uma no BarraShoppingSul e uma na Galeria Chaves, no Centro), como equipes reduzidas, devido a demissões, e até falta de bebidas e embalagens, segundo relato apurado pela coluna Minuto Varejo.
A loja do Centro chegou a fechar há dois finais de semana. A coluna apurou que não havia funcionário suficiente para funcionar. O ponto reabriu na segunda-feira (4). Desde a semana passada, a loja estaria fechando duas horas mais cedo para se adequar ao tamanho da escala. No Rio Grande do Sul, a crise gerou desistência da SouthRock de abrir lojas em dois shopping center: Praia de Belas, na Capital, e Villagio Caxias, na cidade da Serra. Os dois empreendimentos buscam alternativas para os espaços que haviam sido reservados à Starbucks.
A operadora diz ainda que buscou a RJ para se ajustar "à atual realidade econômica". Além disso, a nota sinaliza que o grupo vai trabalhar para cumprir as regras e prazos do processo e buscar aprovação do plano de recuperação judicial.
"Enquanto os ajustes estruturais são implementados e as etapas legais da Recuperação Judicial são seguidas, as marcas do portfólio SouthRock (Starbucks, TGI Fridays, e B.A.R. – Brazil Airport Restaurants) seguem operando normalmente", garante.
"Enquanto os ajustes estruturais são implementados e as etapas legais da Recuperação Judicial são seguidas, as marcas do portfólio SouthRock (Starbucks, TGI Fridays, e B.A.R. – Brazil Airport Restaurants) seguem operando normalmente", garante.
Na crise, a direção mundial da Starbucks, com sede nos Estados Unidos, notificou a operadora do fim do acordo para uso da marca. Mas a Starbucks International não comenta o caso. Isso ocorreu até mesmo antes do pedido de RJ. Já a Subway, que opera por franquias, diferentemente das demais marcas que são unidades da SouthRock, estaria tendo revisão pelo board sobre a titularidade da operação no Brasil, devido à crise da atual responsável.