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Minuto Varejo
Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 28 de Dezembro de 2023 às 01:25

Nacional que vai fechar no Litoral já tem falta de produto

Loja do Nacional em Atlântida, no Litoral, já tem prateleiras sem reposição de mercadorias

Loja do Nacional em Atlântida, no Litoral, já tem prateleiras sem reposição de mercadorias

/MAURO BELO SCHNEIDER/ESPECIAL/JC
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Patrícia Comunello
O mais recente baque no varejo brasileiro, sentido com força no Rio Grande do Sul, a do fechamento de unidades do Carrefour, maior varejista do País, previsto até o fim de janeiro, já afeta a jornada de clientes. Loja do Nacional que vai fechar em Atlântida, em Xangri-Lá, no Litoral Norte, tem falta de produtos. O Carrefour vai encerrar pontos de hipermercados (ex-BIG) em diversas cidades, como Porto Alegre, Esteio, Rio Grande e Santa Cruz do Sul. 
O mais recente baque no varejo brasileiro, sentido com força no Rio Grande do Sul, a do fechamento de unidades do Carrefour, maior varejista do País, previsto até o fim de janeiro, já afeta a jornada de clientes. Loja do Nacional que vai fechar em Atlântida, em Xangri-Lá, no Litoral Norte, tem falta de produtos. O Carrefour vai encerrar pontos de hipermercados (ex-BIG) em diversas cidades, como Porto Alegre, Esteio, Rio Grande e Santa Cruz do Sul

LEIA MAIS: Carrefour decide fechar hipermercados e lojas Nacional no RS

VÍDEO: Loja do Nacional em Xangri-Lá tem falta de produtos

A razão: a reposição de mercadorias não estaria ocorrendo. Prateleiras ostentam carência de mercadorias em segmentos que se esgotam e não é feita a reposição usual. Caminhões para abastecer a unidade não estariam chegando ao local dentro das rotas usuais da operação, segundo apurou a reportagem do Jornal do Comércio. Caso se mantenha a situação, a dúvida é se as lojas não fecharão antes da previsão do fim de janeiro,
Na região, a bandeira tem lojas em Capão da Canoa, Torres e Tramandaí.  
O fim da operação da filial e a de Imbé foi comunicado na semana passada aos empregados. São cerca de 150 trabalhadores nas duas lojas. "Houve surpresa e choro", relatou uma pessoa que acompanhou a reunião.
Muitos empregados haviam sido contratados para a temporada do veraneio, prática comum devido ao aumento da demanda, com maior fluxo para as férias.
A presidente do Sindicato dos Comerciários de Santo Antônio da Patrulha e Litoral Norte, Adriana Costa de Oliveira, disse que recebeu a notícia da área de relações intersindicais do grupo no Estado. "Vão fechar em janeiro", citou Adriana. E o motivo para desativar as unidades?
"A venda está muito baixa. Em comunicado, dizem que vão remanejar funcionários", acrescenta a dirigente comerciária. "Elas (lojas) concorrem com os atacarejos, que conseguem oferecer preço melhor. Isso vem afetando o movimento", cita a presidente do sindicato dos comerciários.
Paradoxalmente, o mesmo formato que provoca o fim de operações deve gerar vagas para quem ficar desempregado, acredita a dirigente. Em Imbé, deve abrir um Macromix, do grupo Unidasul.
"Os funcionários saem para trabalhar nos mercados grandes. Tem muita rotatividade. Se o Carrefour não conseguir realocar as pessoas em outra loja, elas não vão ficar desempregadas", aposta Adriana.
A coluna apurou que o segmento varejista na região percebia a queda no fluxo e ainda na qualidade das lojas.
Colaborou Mauro Belo Schneider, editor do site do JC

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