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A coluna foca novidades sobre operações, tendência e desempenho do consumo e traz olhar de quem empreende no varejo do Rio Grande do Sul, com conteúdo multimídia.
Publicada em 26 de Dezembro de 2023 às 10:16
Carrefour decide fechar hipermercados e lojas Nacional no RS
Fechamento atinge unidades do Carrefour como a da avenida Sertório, na Capital
FERNANDA FELTES/JC
Fechamento atinge unidades do Carrefour como a da avenida Sertório, na Capital
FERNANDA FELTES/JC
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Patrícia Comunello
Atualizada às 18h22min de 26/12/2023 - O mercado gaúcho de supermercados vem sendo agitado por aberturas de lojas, principalmente de atacarejos. Agora a onda pode estar mudando, em parte. A maior varejista do Brasil está fechando unidades no Rio Grande do Sul e, por notícias em sites em outras regiões, pelo Brasil. No Estado, o Carrefour decidiu encerrar unidades de hipermercados e supermercados.
Atualizada às 18h22min de 26/12/2023 -O mercado gaúcho de supermercados vem sendo agitado por aberturas de lojas, principalmente de atacarejos. Agora a onda pode estar mudando, em parte. A maior varejista do Brasil está fechando unidades no Rio Grande do Sul e, por notícias em sites em outras regiões, pelo Brasil. No Estado, o Carrefour decidiu encerrar unidades de hipermercados e supermercados.
A coluna Minuto Varejo confirmou que são, até agora, pelo menos seis filiais: quatro do hipermercado Carrefour (Porto Alegre, Esteio, Rio Grande e Santa Cruz do Sul) e outras duas da bandeira Nacional em cidades do Litoral Norte. Em nota (ver abaixo), a companhia alega que já havia comunicado que faria fechamentos pontuais dentro de revisão da atuação.
Enquanto decide fechar pontos, o grupo também volta atrás em conversões de lojas. É o caso do hipermercado ex-BIG de Cachoeirinha que havido migrado para Carrefour, em meados de 2023, e vai ser alterado para Atacadão. A loja fecha em dezembro para a mudança.
O clássico hipermercado que foi BIG, na avenida Sertório, na Zona Norte de Porto Alegre, fecha em janeiro. A informação é do Sindicato dos Comerciários da Capital. "Loja fecha em janeiro", diz Nilson Souza, o Neco Souza.
"Falta de movimento", diz o dirigente, sobre o motivo do encerramento da atividade na Capital.
Em frente da loja a ser fechada, tem filial do atacarejo Atacadão, também Carrefour, e ao lado o Sam's Club. Neco diz que o grupo pretende realocar empregados em outras lojas. Os outros hipermercados que vão fechar também haviam sido transformados de BIG para a bandeira do grupo.
O Carrefour tem mais unidades tanto de hipermercado, como de Atacadão e Nacional. A varejista francesa comprou, em 2021, o grupo BIG, que tinha as bandeiras BIG, Nacional e Maxxi Atacado.
Já duas lojas da bandeira Nacional fecharão em Imbé e Xangri-Lá, segundo o Sindicato dos Comerciários de Santo Antônio da Patrulha e Litoral Norte. A coluna está checando se não há mais pontos na região que podem ser encerrados. O Carrefour não comenta a decisão de deativar unidades.
A presidente do sindicato, Adriana Costa de Oliveira, disse que recebeu a notícia da área de relações intersindicais do grupo no Estado na semana passada. "Vão fechar em janeiro", citou Adriana. E o motivo para desativar as unidades?
"A venda está muito baixa. Em comunicado, dizem que vão remanejar funcionários", acrescenta a dirigente comerciária. Os dois supermercados somam mais de 150 trabalhadores. "Elas (lojas) concorrem com os atacarejos, que conseguem oferecer preço melhor. Isso vem afetando o movimento", cita a presidente do sindicato dos comerciários.
Paradoxalmente, o mesmo formato que provoca o fim de operações deve gerar vagas para quem ficar desempregado, acredita a dirigente.
"Os funcionários saem para trabalhar nos mercados grandes. Tem muita rotatividade. Se o Carrefour não conseguir realocar as pessoas em outra loja, elas não vão ficar desempregadas", aposta Adriana.
Carrefour diz que fará "fechamentos pontuais"
O Carrefour Brasil afirma, em nota, que "está em processo de revisão do seu portfólio como forma de otimizar a rede de lojas de seu ecossistema". O grupo indica que já feito comunicado sobre este movimento em fim de novembro.
"Neste sentido, algumas lojas serão convertidas para outros formatos e também estão previstos fechamentos pontuais", admite a varejista. "Reafirmamos o compromisso da rede com o estado do Rio Grande do Sul, uma praça de extrema importância para nossos negócios, e que continuará contando com a presença do Grupo Carrefour Brasil em diferentes formatos de Varejo, Cash&Carry e Clube de Compras", informa na nota.
O impacto dos atacarejos
O impacto das megalojas de atacarejos de grupo gaúchos, catarinenses e nacionais (ou multinacionais) como o Carrefour, que também tem braço forte do modelo no Estado - o terceiro em número de lojas de Atacadão -, é cada vez mais pauta no setor supermercadista. Até mesmo lojas menores em Porto Alegre e Região Metropolitana e complexos com múltiplas unidades, como o Mercado Público da Capital, registram os efeitos.
Volume grande e preços mais competitivo são as razões. Os grupos exploram estes dois atrativos e montam estabelecimentos que têm custo de serviço, como menos funcionários, para poder manter a competitividade do formato.
Nos últimos meses de 2023, uma safra de novos atacarejos foi aberta. Em 2024, a previsão é de continuar um ritmo forte. Grupos gaúchos como Zaffari (Cestto), Comercial Zaffari (Stok Center), Imec (Desco), Unidasul (Macromix) e Andreazza (Vantajão) terão mais lojas. Os catarinenses Pereira (Fort) e Passarela (Via) também programa mais lojas.