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Cafeterias fechadas e recuperação judicial incerta: a crise da operadora da Starbucks
Uma das unidades da marca norte-americana no aeroporto da Capital foi fechada
Semana decisiva para o destino das operações e do grupo que comanda até agora quatro marcas internacionais de serviços de alimentação no Brasil - Starbucks, Subway, Eataly e Fridays. Na esteira da crise que veio à tona na semana passada e com dívida bilionária declarada à Justiça, a SouthRock já fechou dezenas de cafeterias da Starbucks pelo País, uma delas ficava na área do check-in doméstico do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. As desativações geral demissões.
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A operadora ingressou com pedido de recuperação judicial (RJ) na terça-feira passada, 31 de outubro, na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Justiça de São Paulo. Na lista, estão 24 empresas que administram os negócios e fazem a gestão da SouthRock.
A empresa ligada à marca Subway, que passou à operadora em 2022, não foi incluída na RJ. Um motivo pode ser a saúde financeira da rede de lancherias, que está majoritariamente nas mãos de franqueados. As outras marcas têm operações próprias da licenciadora.
A dívida declarada foi de R$ 1,8 bilhão. Na petição, a operadora também expôs um fato que pode colocar água abaixo qualquer tentativa de salvar os negócios. A direção da Starbucks, com sede nos Estados Unidos, notificou a SouthRock e outras empresas que fazem a gestão das cafeterias para rescindir o acordo de licença de uso da marca da cafeteria.
O comunicado foi antes mesmo do pedido de RJ entrar na vara de falências. A SouthRock chegou a pedir que a Justiça suspendesse a medida da companhia norte-americana, mas o juiz não acolheu.
A Justiça também não atendeu o pedido de abertura da RJ. Antes de decidir, foi determinada perícia e mais documentos e lista de credores devem ser apresentados.
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A gigante de cafeterias informou, em nota em resposta a questionamentos do Minuto Varejo que acompanha a RJ, mas diz que não comenta tratativas com seus operadores.
Foi a mais recente aberta na área do terminal. Com a medida, o quadro, com 10 a 12 pessoas, foi demitido. A coluna Minuto Varejo apurou, em conversa com pessoas que trabalham em outra unidade do terminal - uma fica no desembarque doméstico e outra no embarque doméstico -, que mais cortes de pessoal estariam ocorrendo em outros pontos da marca.
Um critério que pode ter sido utilizado para fechar a unidade do check-in do aeroporto pode ter sido a receita, que seria a menor entre as três que existiam no terminal. Na Capital, ainda há lojas no BarraShoppingSul e na Galeria Chaves, no Centro Histórico. A outra unidade é no ParkShopping Canoas. Outras duas previstas para abrir viraram incerteza.
No Praia de Belas Shopping, na Capital, a previsão era este mês, mas o próprio empreendimento agora diz, em nota, que não comenta questões de lojistas. No Villagio Caxias, na Serra, a instalação já tinha sido adiada para 2024, e a direção informa que aguarda posição do operador.
Funcionários de uma das lojas do aeroporto estão apreensivos e acompanhando a evolução do caso. A expectativa é que não haja mais desativações. Segundo eles, as duas abertas cumprem metas de vendas acima do estipulado diariamente.
A SouthRock não comentou o fechamento de cafeterias e diz que, na manifestação sobre o pedido de RJ, havia citado que seriam feitos "ajustes", entre eles "a revisão do número de lojas operantes, do calendário de aberturas, de alinhamentos com fornecedores e stakeholders, bem como de sua força de trabalho”.