Assunto que não sai da mesa do café do varejo brasileiro desde a noite de terça-feira (31 de outubro), o pedido de recuperação judicial (RJ) da SouthRock, operadora de grandes marcas internacionais como Starbucks, Fridays, Eataly e Subway no Brasil, está sendo acompanhado de perto por uma das maiores interessadas, a Starbucks, com sede nos Estados Unidos.
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A coluna Minuto Varejo enviou questionamentos à companhia sobre a rescisão dos acordos de licenças com a operadora e suas empresas, que foi indicado pela operadora como o principal motivo para o ingresso da RJ e pedido de urgência de deliberação do Judiciário.
Em resposta ao Minuto Varejo, a Starbucks International diz que "está ciente da decisão da SouthRock de reestruturar suas operações comerciais".
Mas sobre a rescisão do licenciamento, a companhia não se manifestou e reforçou a atenção sobre a situação no Brasil:
"Como marca presente em todo o mundo, mantemos conversas ativas e contínuas com nosso operador licenciado como parte normal dos negócios. Como prática permanente, não divulgamos o conteúdo das nossas discussões internas com os nossos operadores comerciais licenciados".
A coluna remeteu novos questionamentos a uma das marcas mais badaladas no mundo no segmento, entre eles como ficará o futuro das lojas e dos empregos e demais compromissos associados à rede.
As 187 cafeterias da marca no Brasil geram R$ 50 milhões mensais, maior fonte de receita do grupo de operações de alimentação, diz a SouthRock na ação na vara de falência e RJ.
No Rio Grande do Sul, estão seis estabelecimentos, sendo cinco em Porto Alegre e um em Canoas. Também havia previsão de abertura de mais três: Capital (Praia de Belas Shopping), Caxias do Sul (Villagio Caxias) e Gramado (sem local). A SouthRock não se manifestou sobre o destino das novas unidades, se serão ou não implantadas.
O pedido de RJ deu entrada na noite de terça-feira na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo e abrange 24 empresas ligadas à operadora.
Das marcas licenciadas pela SouthRock, a Subway ficou fora do pedido. As demais entraram por meio de suas operadoras. Dois motivos podem explicar o fato de o fast-food não ter sido atingido: a SouthRock assumiu a marca em 2022 e quase a totalidade de lojas estão nas mãos de franqueados.
Já as outras marcas, incluindo a Starbucks, são pontos administrados e locados pelas empresas ligadas à SouthRock, ou seja, são próprios, com todas as responsabilidade de aluguéis, pessoal e fornecedores do grupo operador.