A Oktoberfest de Santa Cruz do Sul vai além do festerê com muito chope, bandinhas e animação. O impacto para o comércio e os bares só cresce, diz o presidente da CDL da cidade, Ricardo Bartz. Segundo Bartz, festa e comércio são hoje aliados.
Este ano se espera 500 mil pessoas nos fins de semana do evento, que vai até dia 22, ante 400 mil de 2022. São 40 mil pessoas ao mesmo tempo no parque, cita ele. Este ano a Coca-Cola voltou a patrocinar a festa, indicando o potencial e geração de visiblidade.
Minuto Varejo - Oktoberfest x bares/varejo: festa ou concorrência?
Ricardo Bartz - Há 10 a 15 anos, bares, pubs e outros locais de eventos fechavam na Oktoberfest porque o público se focava no festejo. O comércio reclamava que as pessoas gastavam dinheiro na festa e não tinham para consumir nas lojas. Há cinco a seis anos, antes mesmo da pandemia, viramos a chave na relação entre comércio, serviços e festa. Hoje existem várias Oktoberfest fora do parque sem afetar o evento principal, que cresce em receita. Todo ano aumenta entre 10% a 15% o público e consumo de chope.
MV - Como é este ganha-ganha?
Bartz - Hoje todos colhem frutos da festa. O comércio se prepara. As lojas enfeitam as vitrines com o tema da Oktoberfest para receber os visitantes e vender. Para os bares, a Oktober virou a principal "safra" de fluxo no ano. Este é um impacto muito positivo na economia.
MV - Qual é o impacto para os negócios?
Bartz - Já medimos, mas em uma amostra muito pequena, que indicou incremento de 15% nas receitas frente a outros períodos. Este ano contratamos uma pesquisa da Universidade de Santa Cruz do Sul para podermos saber o real efeito e saber o impacto, seja positivo ou negativo.
MV - Tem novidade este ano?
Bartz - Em 2022, fizemos uma pesquisa e um dos apontamentos dos visitantes foi ter mais bandinhas típicas. Eles diziam: "Viemos porque é uma festa alemã, queremos ver mais bandinhas". Este ano contratamos mais grupos, tanto do Estado como de fora. A nossa festa entre experiência cultural e bandinhas é superior a de Blumenau.