{{channel}}
Venda de automóveis cai em agosto com fim de descontos
Sincodiv/Fenabrave-RS assinal que fluxo de negócios na Expointer evitou maior queda
Sem o programa federal que bancou descontos em junho, o setor de automóveis registrou queda das vendas em agosto, o que já era, de certa forma, esperado. As revendedoras gaúchas computaram queda de 6,4% nas negociações de unidades no mês passado, frente ao anterior. No país, o recuo foi maior, de 13%, apontou o Sincodiv/Fenabrave-RS.
O desempenho de automóveis só não foi pior devido ao movimento de negócios da Expointer, que impactou os últimos dias de agosto, assinalou a entidade, ao divulgar os dados de vendas. O sindicato das revendoras ressaltou que, de janeiro a agosto, a comercialização de automóveis consegue manter crescimento frente ao ano passado, com alta de 17,55%.
As vendas foram positivas no conjunto dos segmentos, que abrange comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários. Foram vendidas 15.219 unidades entre todos os segmentos, um avanço de 8,64% frente a julho, que havia somado 14.009 unidades.
Os implementos rodoviários também tiveram queda, de 4,02%, mas nos oito primeiros meses do ano, acumula crescimento de 37,75%. O sindicato observa que a área de caminhões desponta com o pior desempenho, com recuo de 22,3% no acumulado das vendas em relação aos oito primeiros meses de 2022.
"O setor ainda sofre com a falta de linhas de crédito mais eficazes e com o alto custo dos novos modelos no padrão Euro 6", assinalou a entidade, em nota. Já comerciais leves, como as pickups, de grande interesse na feira agropecuária, o crescimento chegou a quase 24% em agosto, enquanto o desempenho no País ficou em pouco mais de 11%.
O presidente do Sincodiv/Fenabrave-RS, Paulo Siqueira, comenta, na nota, que os dados mostram uma inversão do que tem sido mais tradição, com o Estado ficando atras do mercado nacional nas vendas. "A queda, após o fim do programa federal, não foi maior muito em função da Expointer, quando montadoras e concessionárias se mobilizaram para oferecer condições ainda mais atraentes”, associou Siqueira. Foram R$ 500 milhões em vendas de automóveis, comerciais leves e motocicletas. O dirigente espera mais impactos da feira, após entregas e emplacamentos.