O único shopping center do Centro Histórico de Porto Alegre está sob nova direção. Depois da oferta de parte do capital ao mercado em 2022, que acabou não tendo negócio, o empreendimento, situado na esquina das ruas dos Andradas com Caldas Júnior, entrou em ritmo de recomposição de mix, com novas loja e expansão de existentes, após saída de outras, com impacto já sentido no fluxo.
O único shopping center do Centro Histórico de Porto Alegre está sob nova direção. Depois da oferta de parte do capital ao mercado em 2022, que acabou não tendo negócio, o empreendimento, situado na esquina das ruas dos Andradas com Caldas Júnior, entrou em ritmo de recomposição de mix, com novas loja e expansão de existentes, após saída de outras, com impacto já sentido no fluxo.
Segundo dados repassados à coluna Minuto Varejo pela Ponto Pronto, que assumiu em abril a administração e que também está à frente da Galeria Chaves, foram 230 mil pessoas a mais circulando no primeiro semestre deste ano frente ao mesmo período do ano passado. O público chegou a 1,5 milhão de pessoas de janeiro a junho recentes, ante 1,27 milhão anteriores (mesmo período).
"Esperamos crescer ainda mais a partir de agora coma retomada da comercialização de lojas", diz Marcelo da Costa Freitas, gerente de marketing da Ponto.
"Uma das metas é fortalecer o entretenimento e atrações para a família, com apelo infantil, com playground e área para pets", diz o gerente. Para ancorar as decisões dos novos gestores, pesquisa de vizinhança mostrou virtudes do shopping. Foi ouvida uma fatia dos 50 mil moradores, em um raio de 3 mil metros.
"A pesquisa mostrou que a relação afetiva da vizinhança com o Rua é grande, mas ela pede mais lojas", cita Freitas. Por dia, a circulação é invejável: cerca de 300 mil pessoas. A ambição também é atrair o público que já lota os bares da Andradas, em direção à Casa de Cultura Mario Quintana.
São 100 espaços para lojas e quiosques nos três andares, mas menos de 30% estão ocupados. Entre as baixas recentes, está a do Burger King. São 28 operações abertas. A gestão espera chegar a 50% de ocupação ainda este ano. O cinema está fechado, com negociações em andamento sobre novo operador, adianta Freitas.
Entre as marcas, a Beagle, rede catarinense de vestuário jovem, vai ampliar para mais espaço. Uma novidade é a Luluzettis, um outlet que saiu do digital para o físico e já tinha ponto na Galeria Chaves. A abertura da loja no Rua levou centenas de fãs do varejo. Deve chegar ao centro comercial a Lupo e outras existentes vão expandir.
No elenco de lojas, estão releituras de unidades que estavam desde a abertura do Rua, como a da Obanimes, que foi Capshop e que fica em um dos corners, logo na entrada principal. As empreendedoras Juliana Santos e Fernanda Carletti criaram a proposta, ampliando o mix após a antiga loja ter de ser fechada devido à morte do dono no começo do ano. A loja fechou em março, mas em maio já estava de novo à cena, sob direção das duas jovens, que são casadas.
A Obanimes vende tacos, animes a artigos de fãs de bandas, de camisetas a bonés. "Peguei os R$ 15 mil da minha rescisão e investi na Obanimes", conta Fernanda, que era funcionária na fase anterior. O Rua da Praia tem hoje 51% do capital nas mãos do fundo Atlanta, que fez a aquisição em 2020, e o restante é do grupo gaúcho Isdra. Ainda não foi definida quando será, mas vai ter revitalização da fachada.