Atualizada às 18h de 27/07/2023 - A alemã Gedore, que atua com ferramentas, vai mudar a operação logística que fica na fábrica em São Leopoldo para a vizinha Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA). O destino será o Eco Parque Lourenço & Souza, segundo informação do empreendimento logístico, um dos maiores da região e do Estado.
O complexo negocia a instalação de mais empresas. Uma delas foi confirmada também nesta quinta-feira. A gigante Mercado Livre, também de capital estrangeiro, vai ter CD no complexo do Eco Parque Lourenço & Souza. Outra tratativa é com um grupo de varejo de fora do Estado e nomes que estão no mercado regional, apurou a coluna Minuto Varejo.
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Em abril, a Tintas Killing, com unidade fabril em Novo Hamburgo, também anunciou a mudança da área de movimentação e despacho de produtos para o Eco Parque.
Com a nova aquisição, o Eco Parque, quase às margens da BR-116, chegará a 12 empresas instaladas em 55 mil metros quadrados de galpões. As locações também mobilizam mais de 600 empregos diretos, segundo o complexo.
"Uma empresa do porte da Gedore é uma grande vitrine para o nosso empreendimento e atrai outros operadores de médio e grande porte", aposta um dos sócios proprietários, Vilmar Lourenço.
A Gedore vai ocupar 6,3 mil metros quadrados, com pavilhões com 12 metros de altura para instalaçao de palets e 44 docas. "Quanto mais docas na proporção por metro quadrado, mais locais para entrar e sair, o que agiliza a operação", diz o gestor do complexo, Filipe Christianetti.
O contrato foi assinado este mês, com previsão de que a empresa monte a sua operação ainda em 2023, entre setembro e outubro, projeta Christanetti. As tratativas esavam ocorrendo desde o começo do ano. A companhia alemã terá 60 postos de trabalho e funcionará em três turnos.
Empresa alemã vai ocupar pavilhão com 6,3 mil metros quadrados e pé direito de 12 metros. Foto: Eco Parque/Divulgação
A conquista deste novo cliente estrangeiro deve projetar as instalações e serviços em que atua, avalia o gestor: "Nos tornamos referência regional e agora consolidamos o Eco Parque no mundo".
O parque soma 65 mil metros quadrados de área construída, com 10 mil metros quadrados hoje ociosos para locação. Estão sendo usados 52 pavilhões e há 10 disponiveis, o que representa cerca de 20% de ocupação.
Eco Parque vai dobrar de tamanho até 2025
O parque terá ampliação de área para uso logístico até fim de 2025, com construção de mais 60 mil metros quadrados, elevando a capacidade a cerca de 120 mil metros quadrados. Já começaram as obras de terraplenagem e os novos pavilhões devem começar a ser erguidos em janeiro do ano que vem.
O terreno onde fica o ativo é de 245 mil metros quadrados. Até agora o aporte chegou a R$ 150 milhões, e a projeção é de ultrapassar R$ 200 milhões na conclusão da expansão.
Como há perspectiva de novos ocupantes nos próximos meses, entre eles de uma indústria ligada a equipamentos médicos, com sede em Canoas, com demanda de 2 mil metros quadrados, a ideia é ter mais 7 mil metros quadrados prontos no primeiro semestre de 2024 e outros 8 mil metros quadrados até o fim do ano, o qoe alcaçaria 15 mil metros quadrados.
A TW, de transportes, está no Eco Parque desde fevereiro de 2022. A norte-americana John Deere, de tratores, está desocupando uma área de 13,5 mil metros quadrados, pois está mudando a estrutura para o interior, para Três de Maio, em função de projeto de expansão em Horizontina. Com isso, abre espaço para mais empresas já em negociação, antecipam os gestores do parque.
"Mais de 20 empresas já estão em contato. Estamos tentando trazer para Sapucaia do Sul", revela o sócio. Entre as unidades, está de uma rede calçadista de fora do Estado que precisa de 2 mil metros quadrados. Além disso, o Eco Parque Lourenço & Souza tenta atrair a indiana Mahindra, de tratores, que já confirmou que quer ter fábrica na região.
"Tudo que estiver ao nosso alcance, vamos fazer. Temos condições de bancar com autofinanciamento", cita o proprietário. A área pretendida pela Mahindra é de 60 mil metros quadarados, segundo a indútria ja noticiou.
"O grande trunfo é a posição logística do Eco Parque, a 150 e 200 metros da BR-116, e próximoda RS-118, que conecta a BR 290, e BR-386. Um dos atrativos é a carência para se instalar, de 60 dias", lista Lourenço. A prefeitura também concede incentivos, com compensação sobre o ICMS da fatia municipal, baseados em geração de empregos.
Lourenço também revela que, para o futuro, tem intenção de montar novo projeto, com 200 hectares, que poderá ser no Estado ou em Santa Catarina. Uma das apostas seria situar na área de abrangência do projeto da RS-010, ainda indefinido e que abrangeria e seria alternativa de mobilidade na RMPA.