A escalada de fechamento de unidades de grandes varejistas segue com cortes de operações no Rio Grande do Sul. A Marisa, que anunciou em maio o corte de 91 lojas em todo o País dentro do seu "Programa de Eficiência Operacional", vai chegar a cinco pontos fechados no mercado gaúcho até fim de junho, confirma a companhia em nota.
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Três unidades já tiveram o encerramento das operações. São filiais que funcionavam em áreas de comércio de rua em Santa Cruz do Sul, a primeira a fechar em 31 de março dentro do plano recente de enxugamento, Caxias do Sul e Rio Grande, as duas últimas tiveram o fim das atividades nessa quinta-feira (15).
Na cidade portuária, foi a segunda loja, que ficava na rua Marechal Floriano Peixoto, e única que ainda exista da rede a ser fechada. A outra ficava no Praça Rio Grande Shopping Center, que foi encerrada em 2022. Na maior cidade da Serra, a filial ficava na avenida Júlio de Castilhos.
As últimas duas que completam o pacote de enxugamento no Estado, segundo a companhia, ficam no Centro de Porto Alegre. Já tem data para o fim das operações: 30 de junho. No corte, estão uma da rua dos Andradas, onde tem duas unidades - fecha a que fica ao lado da Americanas e a mais antiga -, e outra da rua Voluntários da Pátria, onde existem duas. Não vai ter mais a que fica mais perto do Largo Glênio Peres.
Hoje o Rio Grande do Sul soma 11 Marisa. Eram 14. Vão restar nove, quando se completar o plano.
Na Capital, de ste, ficam cinco, segundo os pontos listados no site da rede, consultado pela coluna Minuto Varejo.
A varejista disse, na nota, que os fechamentos atingem lojas com "geração sistemática de caixa negativo". "Com este ajuste, a companhia estima aumento de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) de R$ 62 milhões em base anual recorrente.
O comando do grupo comunicou a reestruturação no início do ano, quando admitiu dívidas de R$ 600 milhões. A varejista comunicou que renegociou dívidas com 90% dos fornecedores e 65% dos proprietários de imóveis. A dívida passou a R$ 461 milhões, segundo balanço do 1º trimestre.
Mais varejistas fecham pontos para equilibrar receitas e despesas
Além da Marisa, mais redes fazem revisão de tamanho. A Renner confirmou no balanço do primeiro trimestre que havia fechado 20 lojas, a maior parte da bandeira Camicado. No Estado, foram duas: uma Camicado e uma Youcom.
A rede TaQi, do grupo Herval, também fez forte redução de tamanho, com corte de 20% dos pontos, ficando um apenas em porto Alegre. Dezessete foram fechados na operação. Outras marcas entraram em recuperaçaõ judicial (RJ): CR Diementz, Rabusch e Lojas Aldo.
A Paquetá, cujo grupo calçadista está em RJ há anos, reduziu filiais e negocia o braço de varejo com o grupo Oscar, de São Paulo.
Já a Lebes, com mais de 300 pontos nos três estados do Sul optou por segurar a expansão, até ter um melhor cenário para o segundo semestre. Além disso, o CEO da rede gaúcha, Otelmo Drebes, diz que o grupo foca ações operacionais para melhorar a eficiência.