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Renner projeta melhora das vendas no segundo semestre e em 2024
Faccio apontou que espera redução de juros com inflação desacelerando
A declaração do CEO da maior varejista de moda do Brasil, a gaúcha Renner, pode ter sido um alento já na largada da 10ª edição da Feira Brasileira do Varejo (FBV), que vai até sexta-feira (26) no Centro de Eventos da Fiergs, zona Norte de Porto Alegre. O executivo Fabio Faccio, que sucedeu José Galló no posto, projetou melhora nas vendas no segundo semestre e para 2024.
"O primeiro semestre foi um pouco mais apertado, com expectativa de um segundo semestre e 2024 de crescimento maior do que nos últimos seis meses", aposta Faccio. Os testes para as operações de varejo de moda, frisou o CEO, vão também além da conjuntura econômica, com juros elevados que impactam todos os setores. "Por vários motivos, vemos melhora gradual no segundo semestre e expectativa positiva para frente", reforçou Faccio.
A observação mirou o clima, com a oscilação entre temperaturas mais amenas e mais altas que volta a ser registrada em meio ao outono. Faccio citou que nesta quarta-feira (24) os termômetros marcama 30 graus. "Em 2022, o frio mais intenso nos ajudou", contrastou o executuvo da Renner. Em março passado, foi também o calor, após verão que atingiu em cheio o fluxo do setor. A companhia de capital aberto chegou a admitir, no balanço do primeiro trimestre, com queda de 75,6% no lucro.
Dividindo o palco dos Grandes Resultados com Manuela Bordasch, cofundadora e CEO da plataforma de conteúdo de moda Steal the Look, comprada pela Magazine Luiza, Faccio disse que o segmento ligado ao varejo fashion passa por um perído "desafiador".
"A crise força a gente a ser melhor, a repensar como atrair mais receitas e ganhar mais eficiência. Preferia estar em um ambiente mais favorável, mas não estamos", avaliou o CEO da varejista.
Sobre o impacto do custo financeiro, Faccio observou que a condição pressiona muito tanto as empresas como quem vai consumir. "A inflação começa a ceder e pressiona menos o consumidor, além de permitir a queda das taxas, que vai aliviar quem está endividado", associou ele. "Não vai ser uma mudança drástica, mas pode ter melhora em algum momento", acenou.
Manuela comentou que, mesmo atuando na área de conteúdo, segmento que entra cada vez mais no foco e aportes das varejistas, e que não é a venda final, há impacto da conjuntura na disponibilidade de recursos das companhias. A empresa, que nasceu no Rio Grande do Sul, registra crescimento nos cinco primeiros meses de 2023, mas detecta efeito de um ambiente com "as pessoas colocando mais o pé no freio".
O que também afeta fluxo de receitas para a produção de conteúdos. "Temos de conseguir fazer muito mais com menos recursos. Isso faz a gente inovar mais. Na crise, a gente sai mais da caixa para fazer mais com a mesma verba", descreveu Manuela.