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Vendas do varejo gaúcho sobem em março, mas lojas de vestuário têm queda
Lojas de materiais de construção e atacarejos tiveram redução no volume vendido
O volume de vendas do varejo gaúcho manteve a trajetória de alta recente, mas em menor ritmo em março, segundo dados da mais recente Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE, divulgados nesta quarta-feira (17). O varejo restrito, que abrange de postos de combustíveis a farmácias, roupas e alimentos, teve alta de 1,9% em relação a fevereiro, que teve elevação de 7,5%. No grupo, vestuário teve o pior desempenho, com queda de 20,1%.
O segmento é o que vem se destacando em dificuldades. Redes estão em recuperação judicial, como Rabusch e Lojas Aldo, alegando impactos de juros altos, renda em baixa e endividamento e inadimplência das famílias. Também as temperaturas mais elevadas em março atrapalharam a venda da coleção outono-inverno. A comparação do segmento é com o mesmo mês de 2022.
O varejo restrito subiu 2,9% no confronto anual, com março do ano passado. O varejo ampliado (veículos, materiais de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, que são os atacarejos e entram na estatística desde janeiro) teve queda de 4%, entre fevereiro e março, e elevação de 3,4% frente 12 meses antes (março de 2022).
No País, o desempenho teve alta de 0,8% no volume de vendas do varejo restrito frente a fevereiro e alta de 3,2% em relação ao mesmo mês de 2022. O varejo ampliado teve aumento de 3,6% no confronto mensal e avanço de 8,8% na comparação com março do ano passado.
Os demais segmentos gaúchos seguiram com altas em combustíveis e lubrificantes, de 4,7%, hipermercados e supermercados, de 4,3%, móveis e eletrodomésticos, 1,6%, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, de 9,8%, Já livros, jornais, revistas e papelaria e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação tiveram recuo de 16,8% e 5,4%, respectivamente.
No varejo ampliado, veículos, motocicletas, partes e peças ostentaram aumento de 12,6% no volume de vendas. Já material de construção e os atacarejos tiveram quedas de 0,3% e 2,8%, respectivamente.
No materiais de construção, estão também exemplos de mais dificuldade. O grupo Herval vai fechar 17 lojas da rede TaQi e culpou juros altos, pessimismo de consumidores e inadimplência pela situação. O corte é de quase um quinto do tamanho físico da rede.