{{channel}}
Vendas do comércio gaúcho caem mais que a média no Brasil em novembro
Varejo geral e ampliado(veículos e materiais de construção) recuaram 1,1%
As vendas do varejo mantiveram desempenho nada animador antes de fechar 2022. A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira (11), mostrou queda no setor no Rio Grande do Sul e na média do Brasil.
O varejo gaúcho caiu mais que a cena geral brasileira na comparação com outubro do ano passado. O Estado teve recuo de 1,1% tanto no varejo geral como no ampliado, que inclui o comércio de veículos e materiais de construção. Em outubro de 2022, também houve queda.
No Brasil, a redução nas duas dimensões também foi a mesma, de 0,6% no confronto mensal.
O varejo vem tentando melhorar o caixa, com promoções de mega descontos, que estão nas lojas de rua e em shopping centers. Mas nem a Black Friday, que foi em novembro, ajudou a melhorar o desempenho.
Na análise frente ao mesmo mês de 2021, a PMC tem alta de 6,4% nas vendas no Estado no comércio geral e de 3,3% no ampliado. No Pais, a média neste indicador registrou leve alta de 1,5% no geral, mas queda de 1,4% em veículos e materiais de construção.
No 10º mês do ano, o indicador tinha virado positivo, com avanço leve de 0,3%. A média móvel trimestral variou 0,3% em novembro, após alta de 0,5% em outubro, informa o IBGE. Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista avançou 1,5% frente a novembro de 2021. O acumulado do ano chegou a 1,1% e o acumulado nos últimos 12 meses, a 0,6%.
A PMC aponta que 20 das 27 unidades da federação tiveram queda. Os maiores recuos foram de Amapá (-5,6%), Alagoas (-3,9%) e Maranhão (-2,7%).
O volume de vendas caiu em seis das oito atividades pesquisadas: Combustíveis e lubrificantes (-5,4%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,4%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,7%), Tecidos, vestuário e calçados (-0,8%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,3%), e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%).
O comércio ampliado, que abrange venda de veículos e materiais de construção, também ficou com redução de 0,6% em novembro. A média móvel avançou 0,3%. Nos primeiros 11 meses de 2022, o acumulado é de -0,6%, e em 12 meses, de -0,8%.
Segundo o órgão estatístico, a queda de novembro, na variação mensal, é a primeira desde junho de 2022 (sem considerar a variação de -0,2% em julho), diz o IBGE. "Com isso, o varejo brasileiro se situa, em novembro, no mesmo patamar que junho de 2022, e 3,6% abaixo do recorde da série, ocorrido em novembro de 2020", comenta a coordenação da pesquisa, em nota.
Combustíveis voltam a ter escalada, enquanto eletromóveis e confecções recuam
Por setores, tem-se comportamentos bem distintos no Rio Grande do Sul.
A venda de combustíveis mantém uma escalada na taxa, com alta 40,5% em relação a novembro de 2021. A comparação por setor não é feita em relação ao mês anterior.
Este nível de elevação, que se verifica desde meados do ano logo após a redução de tributos, como ICMS, vem sendo questionado por entidades lojistas e do comércio gaúcho, como a Fecomércio-RS e a CDL-POA, devido ao descompasso com o fluxo de notas eletrônicas que está na base da Fazenda estadual e que não sustentaria a alta no volume de vendas apontado pelo IBGE.
Livros, jornais, revistas e papelaria chegam a avanço de 22,2%, segundo maior dos segmentos. Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos tiveram alta de 5,6% no volume vendido.
Hipermercados e supermercados registraram elevação de 3%. Tecidos, vestuário e calçados variaram positivamente apenas 0,9%, confirmando que é um dos segmentos lojistas que mais têm dificuldade de recompor fluxo frente à pandemia.
No campo negativo, estão móveis e eletrodomésticos, com queda de 1,1%, sob efeito da queda de renda e inflação. Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação apresentaram queda de 25,1%.
No comércio ampliado, veículos, motocicletas, partes e peças registram leve aumento no volume, de 1,%, enquanto materiais de construção reforçam temporada de queda nas vendas, com fluxo 13,6% menor do que em novembro de 2021.