Vendas do comércio recuam pelo segundo mês seguido no Rio Grande do Sul

Desempenho frente a outubro de 2021 mostra alta de 5,7% no varejo geral

Por Patrícia Comunello

Segmento de materiais de construção registra 22 meses seguidos de queda nas vendas no RS
Pelo segundo mês consecutivo, as vendas do comércio em geral caíram no Rio Grande do Sul. Segundo a nova rodada da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) calculada pelo IBGE, o volume vendido recuou 0,9% em outubro frente a setembro deste ano, que também havia sido negativo, com queda de 1,2%
O Brasil teve média positiva, com avanço acanhado de 0,4% na série com ajuste sazonal. O Rio Grande do Sul ostentou a terceira maior queda entre os estados. Santa Catarina e Tocantins tiveram o mesmo nível de queda. Paraíba teve o maior tombo, de 6,8%. 
Já no varejo ampliado, que mede venda de veículos e de materiais de construção, o quadro também segue no negativo, com redução de 0,7% no volume comercializado. No País, os dois setores apresentaram elevação de 0,4% no fluxo vendido.
No confronto com outubro de 2021, o desempenho sai do negativo para o positivo, com aumento de 5,7%. No ampliado, a alta é menor, de 3,7%. O confronto mostra o cenário deste ano ante um ambiente ainda de pandemia e restrições no segundo semestre do ano passado, quando a vacinação contra a Covid-19 ganhava maior força e cobertura, com mais doses dos imunizantes.  
No ano, o comércio geral, que reúne de combustíveis, supermercados, móveis, eletros, confecções, calçados, saúde e estética, livrarias e materiais para casa e escritório, acumula alta de 7,7%. Em 12 meses, a taxa é de 6,9%. De janeiro a outubro, o varejo ampliado apresenta 3,8% de avanço nas vendas, e de 3,2% em 12 meses.
Os dados setoriais trazem a comparação com o mesmo mês de 2021 e dão pistas de diferentes influências nos indicadores. Combustíveis, que tiveram cortes de tributos, mantêm o ritmo forte na demanda, com alta de 61%. Logo depois, vêm livros, jornais, revistas e papelaria com 26,1% de aumento.
Hipermercados e supermercados tiveram aumento de 1,4%, enquanto setores como calçados e vestuário e eletromóveis têm quedas, de 1,8% e 9,6%, respectivamente.