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Mercado Público de Porto Alegre oferta 10 bancas em pregão após jejum de 21 anos
Oferta de espaços ocorre mais de 20 anos após as últimas ofertas para exploradores
Espécie de shopping center com características muito peculiares de comerciantes, atividades e fluxo de pessoas, além da relação com a cidade, o Mercado Público de Porto Alegre está com disputa aberta para dez bancas. Há 21 anos não era lançada concorrência para espaços no empreendimento com 153 anos, situado no Largo Glênio Peres, no Centro Histórico.
O pregão eletrônico será às 9h de 19 de dezembro, portanto em 20 dias, e já vem com os novos valores das outorgas mensais, que passaram a valer em abril deste ano. O "aluguel" é corrigido anualmente pelo IPCA (inflação oficial).
Uma das novidades ainda é que passou a ser cobrado condomínio dos ocupantes, que representa 40% do valor mensal da outorga, espécie de aluguel. Os futuros ocupantes, como os atuais, firmam um Termo de Permissão de Uso (TPU), com vigência por prazo indeterminado.
Hoje são 96 mercadeiros em atividade. As dez operações a serem disputadas, que vão de áreas privativas de 30 metros quadrados (m²) a cem m², algumas delas incluindo mezanino, reúnem sete lojas que estavam desocupadas e três que tiveram de ser devolvidas devido à inadimplência. Os ocupantes passaram por processo de reintegração de posse, movido pelo município.
"Vai bombar", aposta o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo da Capital, Vicente Perrone, sobre a oferta. A última tentativa de licitação foi feita em 2013, mas acabou sendo suspensa devido ao grande incêndio do prédio em julho naquele ano. Somente depois de nove anos do sinistro, o segundo piso foi reaberto com atividades.
Estão no certame a banca A-B, que é a mais valorizada e fica em uma das esquina dos quadrantes centrais. O ponto, no acesso da avenida Júlio de Castilhos, tinha um açougue, que teve de sair devido ao débitos que não foram quitados.
As demais lojas ficam distribuídas entre o primeiro piso, com frente externa, e galerias do segundo piso, reaberto com operações em agosto passado. Uma delas era espaço do Memorial do Mercado. Um dos quatro espaços destinados à flora, loja especializada na venda de produtos ligados às religiões afro-brasileiras e que fica em cada um dos quatro acessos centrais do Mercado, deve ter licitação mais à frente.