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Minuto Varejo

- Publicada em 17 de Novembro de 2022 às 19:10

Franquia de peixe frito abre primeira unidade no RS e com chope de graça

Luana deixou emprego de bancária para investir as economias na abertura do ponto na Capital

Luana deixou emprego de bancária para investir as economias na abertura do ponto na Capital


PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
A fachada amarela chamativa com baleias grafitadas em azul já despertava a atenção de moradores do bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, há semanas. As pessoas paravam, faziam fotos e postavam nas reds sociais. Até a primeira moradora do imóvel, a aposentada Sonia Chachamovich, de 96 anos, foi ao local atraída pela novidade. Quando o letreiro surgiu na fachada, o mistério se desfez. Agora só falta abrir.
A fachada amarela chamativa com baleias grafitadas em azul já despertava a atenção de moradores do bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, há semanas. As pessoas paravam, faziam fotos e postavam nas reds sociais. Até a primeira moradora do imóvel, a aposentada Sonia Chachamovich, de 96 anos, foi ao local atraída pela novidade. Quando o letreiro surgiu na fachada, o mistério se desfez. Agora só falta abrir.
A primeira franquia da paranaense Sirène Fish & Chips & Fun estreia neste sábado (19) e com uma chamada que que é quase impossível resistir: mil chopes serão distribuídos de graça aos clientes que passarem pela esquina para conhecer e provar ou não peixe empanado, com ou sem batatas rústicas e outros quitutes.
A unidade da Sirène (sereia, em francês) fica na esquina das ruas Lopo Gonçalves com José do Patrocínio (número 778), um dos redutos de agito do bairro, pela vizinhança de casas noturnas, como o Opinião.
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Grafismos estão em todas as paredes da casa, com muita cor e relação com o ambiente matinho. Fotos: Patrícia Comunello/JC 
Neste sábado, a franquia abrirá às 14h. Serão três chopes (cervejaria Galesa) por pessoa, e vai valer a ordem de chegada, avisa a ex-bancária Luana Angrisani Vanacor, que é a franqueada. 
"Quem entrar na loja vai ganhar o brinde, mas vai difícil não querer comprar (comidinhas)."
Luana, que é paulista mas mora há tempo no Rio Grande do Sul, conta que estava pesquisando franquias desde 2018. Ela saiu do banco em abril atrás do sonho de empreender. Sete meses depois, a Sirène está abrindo. Foram contratadas quatro pessoas para atuar entre cozinha e atendimento. 
"A pandemia só acelerou minha vontade de montar uma operação", revela a mais recente franqueada da marca de varejo de alimentação que nasceu em 2016 em Curitiba e hoje tem seis lojas e também vai abrir no Rio de Janeiro. 
Foi justamente em canais digitais, por um daqueles posts que estão sempre surgindo na rede do Instagram que a ex-bancária descobriu a rede de peixe frito com batatas, típica combinação que os ingleses adoram. Para montar a unidade e pagar pela franquia, Luana aplicou economias que fazia desde guria. 
"Guardava todo dinheiro que podia. Como estava em banco, ficava mais fácil lidava com isso todos os dias." 
 
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Banheiros também têm inscrições e pinturas bem descoladas para deixar o ambiente mais divertido
Ela conheceu a marca em São Paulo e diz que "amou". "A energia, a proposta, a comida que é muito boa, além do ambiente descolado. Acho que a casa ficou a cara da Cidade Baixa", entusiasma-se a ex-bancária.
"Sirène é um lugar para todo mundo se sentir à vontade, e a Cidade Baixa é muito democrática", alinha ela.
A agora empreendedora fez, com o apoio do marido, boa parte da reforma do ponto com 140 metros quadrados que estava fechado havia cinco anos. Gravuras multicoloridas coladas nos banheiros e muito grafismo nas paredes dos ambientes, com temática do mar e presença das sereias, são diferenciais do estabelecimento que vai funcionar de quarta-feira a domingo, das 17h à meia-noite. 
Luana diz que os peixes (tilápia e merluza) são comprados no mercado local e preparados empanados e fritos na hora de servir. Também tem opções envoltas com a farinha panco, que deixa o petisco mais crocante, e é muito usada na culinária asiática.
Além disso, tem peixe vegano, à base de proteína de soja e algas, que a franquia fornece. "Os espaços e preparo é separado para não ter contaminação", cita ela. Os empanados são servidos em cones e tem sanduíche, com pão sem ovo e leite com gergelim. "É uma delícia", provoca Luana. 
Sobre a aceitação do peixe na terra do churrasco, a ex-bancária desafia o público a provar. "Vão mudar a dieta ou incluir peixe no dia a dia", diz ela.  

Ponto que terá franquia inédita no RS recebe visita ilustre e inesperada

Antes de abrir, a Sirène Fish & Chips recebeu uma visita ilustre e inesperada. A aposentada Sonia Chachamovich fez questão de passar pelo local para ver como tudo ficou. Ela morou no imóvel, onde por décadas funcionou um armarinho da família que se chamava Loja Sonia, homenagem que o pai fez à filha. O reencontro com as memórias do passado emocionou a nonagenária. 
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Sonia encontra Luana, empreendedora que montou o Sirène no antigo ponto da família. Foto: Patrícia Comunello/JC
Sonia entrou no sobrado e percorreu os ambientes, relembrando do tempo de menina e jovem e de quando a família tocava o armarinho. "Lembro que num canto da loja tinha uma prateleira com perfume e maquiagem. As prateleiras eram altas e cheias de produtos", descreve a aposentada.
"A gente andava com escada no ombro para poder subir e alcançar as mercadorias para os clientes", relembra, como se voltasse mais de oito décadas no tempo.
Sonia se encontrou com a ex-bancária e franqueada da Sirène, que estava na etapa final de preparativos para a abertura.
A ex-moradora e lojista no bairro contou que na esquina em frente ao futuro negócio tinha uma leiteria e uma sorveteria, "que só funcionava no verão".
A nonagenária nasceu na Polônia e chegou ao Brasil com quatro anos, depois que a família se mudou para Porto Alegre.
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