A gigante de e-commerce da América Latina, a argentina Mercado Livre (ML), já está operando em ritmo frenético no complexo logístico na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA). A companhia estreou na quinta-feira (14) no Ecoparque Lourenço & Souza, em Sapucaia do Sul, com fluxo de veículos 24 horas do dia e sete dias da semana. A coluna Minuto Varejo noticiou, em julho passado, que a empresa se instalaria no compelxo, após uma longa negociação, que teve início em 2020.
A gigante de e-commerce da América Latina, a argentina Mercado Livre (ML), já está operando em ritmo frenético no complexo logístico na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA). A companhia estreou na quinta-feira (14) no Ecoparque Lourenço & Souza, em Sapucaia do Sul, com fluxo de veículos 24 horas do dia e sete dias da semana. A
coluna Minuto Varejo noticiou, em julho passado, que a empresa se instalaria no compelxo, após uma longa negociação, que teve início em 2020.
A Mercado Livre escolheu Sapucaia do Sul, depois de ter desistido, em meados de 2020, de ter um centro de distribuição em Gravataí. Na época, houve também divergência sobre a tributação estadual no tipo de comercialização que é feita pelas plataformas digitais, com vendedores que usam o site para fazer as transações e emitem nota fiscal para os compradores. Segundo a Fazenda Estadual, não há mais nenhuma dificuldade ou questão que possa gerar algum contratempo desta vez.
"Já estamos com a operação tão esperada (da Mercado Livre) e com uma estrutura com alta qualidade", ressaltou Vilmar Lourenço, um dos sócios-proprietários. "O e-commerce é um dos segmentos que mais movimenta e demanda este tipo de logística. Somos privilegiados, pois estamos a um raio de 100 quilômetros com 3,5 milhões a 4 milhões de habitantes", detalha um dos proprietários. O foco da nova operação e primeira da ML é esta abrangência. A operação do ML soma 100 trabalhadores diretos e deve chegar em pouco tempo a mais de 200.
Na largada da operação pela manhã, por exemplo, são mais de 200 veículos, entre caminhões e automóveis de prestadores que fazem as entregas nas cidades, que entram e saem do site devido à demanda do grupo argentino. O compelxo fica próximo à BR-116. O acesso a diversas rodovias, incluindo ainda BR-448, BR-386 e RS -118, é um dos trunfos do complexo para atrair operadores, diz o gestor Filipe Christianetti.
O casal de aposentados Neusa Nunes e Edison Fernandes começaram a atender a empresa na semana passada, desde que teve a largada do CD. "Estamos experimentando este novo trabalho que vai nos dar um dinheiro extra", comenta o casal. "Estamos bem satisfeitos, a rotina é bem movimentada, connhecemos vários lugares e conversamos com as pessoas", comenta Neusa, que fica na carona do veículo do casal, separando as encomendas com embalagem amarela e montando o roteiro de entregas.
No banco de trás, estão mais caixas que foram retiradas do CD para serem entregues.
"Passamos aqui uma vez ao dia e depois seguimos os endereços", explica Fernandes. O casal mora em Cachoeirinha, mas atua em mais cidades da RMPA.
A Mercado Livre ocupa área de 7,5 mil metros quadrados do complexo, com pé direito de 12 metros de altura, o que gera forte condição de armazenagem e mobilização de mercadorias. A segurança e controle nos acessos são intensos. A operação do ML soma 100 trabalhadores diretos e deve chegar em pouco tempo a mais de 200.
Já é o maior ocupante do complexo, que tem ainda TW Transportes, Tintas Killing e, mais recentemente, a Oscar Calçados, que comprou a rede de lojas Paquetá. A Gedore deve se instalar em outubro. Também a DGtech, de equipamentos médicos, terá operação no local.
São 14 empresas hoje na área, que opera desde 2021. Hoje são 65 mil metros quadrados de capacidade, com 11 mil metros quadrados disponíveis. Entre 2025 e 2026, o Ecoparque Lourenço & Souza chegará a 120 mil metros quadrados. Estão sendo implantados 15 mil metros quadrados, com previsão de conclusão no começo de 2024, diz Christianetti. O aporte ultrapassa R$ 200 milhões até agora.
A Segura Logística, de São Paulo, que atende segmento de tecnologia, como equipamentos para 5G, também se instalou recentemente, com cerca de 40 funcionários. "É mais um passo para avançarmos em um mercado extremamente competitivo, ao trazermos nomes com tanto peso. O empreendimento tem alta procura pelo perfil do condomínio, que está dentro de eixo urbano, próximo da mão de obra e do contexto da cidade funcionando", destaca o gestor.
O Rio Grande do Sul também tem o CD da Amazon, que fica em Nova Santa Rita e já teve ampliação. Houve algumas reduções de estrutura de outros grupos. A Americanas, em crise, diminuiu pela metada a área em um parque logístico de Gravataí. O Carrefour retirou a operação do ex-BIG de Nova Santa Rita, mas a Lojas Colombo acabou ficando com o espaço mo 3SB Parque Logístico.