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Patricia Knebel

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Publicada em 23 de Abril de 2025 às 16:45

Próxima das startups, Vivo avança como player de tech

Gebara explica que propósito da empresa é digitalizar para aproximar

Gebara explica que propósito da empresa é digitalizar para aproximar

Bruno Rondinelli/Divulgação/JC
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A Vivo já não se define como uma empresa de telecomunicações. Segundo Christian Gebara, CEO da companhia, a operadora evoluiu para se tornar uma empresa de tecnologia, com investimentos crescentes em inovação aberta, venture capital e novos serviços digitais.
A Vivo já não se define como uma empresa de telecomunicações. Segundo Christian Gebara, CEO da companhia, a operadora evoluiu para se tornar uma empresa de tecnologia, com investimentos crescentes em inovação aberta, venture capital e novos serviços digitais.
Com mais de R$ 500 bilhões investidos desde sua chegada ao Brasil, a Vivo tem ampliado seu escopo de atuação, com diversificação de receitas e aproximação com o ambiente de inovação para sustentar o crescimento em serviços digitais.
Há 26 anos, quando a Telefonica chegou ao Brasil e adquiriu a Vivo, obteve, também, a concessão da telefonia fixa no estado de São Paulo. De lá para cá, a empresa foi se modernizando, tanto em infraestrutura (com expansão da rede de fibra ótica, por exemplo) quanto em novos negócios.
Hoje, os serviços digitais já representam mais de 10% do faturamento da companhia — o dobro da participação em comparação com a telefonia fixa, que representa menos de 5% da receita.
“Realmente, a gente até nem se considera mais uma empresa de telecomunicações, já evoluímos para uma empresa de tecnologia”, afirma Gebara.
Um dos eixos centrais dessa virada é a aproximação com startups — movimento que começou há mais de uma década com a criação da Wayra, iniciativa global da Telefonica voltada ao investimento em startups early stage. No Brasil, os aportes giram em torno de R$ 1,5 milhão, em rodadas pré-seed e seed.
Com o amadurecimento do ecossistema e a necessidade de dar continuidade ao relacionamento com startups, a Vivo criou, em 2022, o Vivo Ventures — seu fundo próprio de corporate venture capital.
São R$ 320 milhões sob gestão e o fundo é voltado para rodadas de série A, B e C, com tickets que variam de R$ 5 milhões a R$ 20 milhões. O objetivo é gerar valor, o que, muitas vezes, se traduz em fazer a integração dessas startups ao ecossistema Vivo, aproveitando uma estrutura omnichannel que inclui mais de 60 milhões de clientes, 1,8 mil lojas físicas, 5 mil vendedores B2B e um app com 26 milhões de usuários.
Até o momento, o Vivo Ventures já aportou R$ 160 milhões em nove startups — e sete delas estão diretamente conectadas à operação. Entre os exemplos citados por Gebara estão a Klub, que atuava com consórcios de imóveis e automóveis e passou a operar também com consórcio de smartphones; a CRM Bônus, responsável por desenvolver o programa de fidelidade Vale Bônus para clientes Vivo; e a Clave, fintech especializada em Open Banking, que já está integrada aos canais da empresa.
Também faz parte da carteira a Conexa, plataforma de saúde digital com soluções de telemedicina.
Ao redefinir a Vivo como uma empresa de tecnologia, o executivo relaciona esse processo à essência da companhi: tecnologia baseada em conectividade.
“Temos o propósito que é digitalizar para aproximar. Acreditamos que por meio da digitalização conectamos as pessoas a um mundo melhor, com acesso a inclusão financeira, saúde, educação, empresas e a um universo que pode representar maior produtividade e abertura de novos negócios.”
Se para a companhia a integração com o ambiente de inovação dá tração a esse propósito, de usar a tecnologia para promover conectividade, para as startups, o investimento recebido vai além do financeiro. Esses empreendimentos têm acesso a algo mais valioso do que o capital e que é o que mais se busca no ecossistema de inovação: smart money.
Para Gebara, o diferencial da Vivo no ecossistema de inovação está na capacidade de gerar conexões com ganho de escala. É uma empresa que fatura R$ 57 bilhões, atua tanto no B2B quanto no B2C, tem 33 mil colaboradores, conta com 116 milhões de acessos conectados e está em múltiplos canais.
“É difícil encontrar uma empresa do tamanho da Vivo que consiga encaixar praticamente qualquer empresa de inovação, porque a amplitude do nosso negócio é enorme, seja para uso próprio ou para venda para os nossos clientes.”

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