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Patricia Knebel

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Publicada em 14 de Abril de 2025 às 19:22

Plug and Play testa apetite do Brasil e mira em fundo de até US$ 50 MM

Mazaki esteve em Porto Alegre para evento no Instituto Caldeira e South Summit

Mazaki esteve em Porto Alegre para evento no Instituto Caldeira e South Summit

Patricia Knebel/Divulgação/JC
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A Plug and Play, uma das investidoras de capital de risco mais ativas do mundo, decidiu acelerar a sua presença no Brasil.
A Plug and Play, uma das investidoras de capital de risco mais ativas do mundo, decidiu acelerar a sua presença no Brasil.
Com sede no País desde 2019, a empresa que tem sede no Vale do Silício e foi investidora inicial de empresas como Google, Dropbox e PayPal, anunciou a estruturação de um fundo de investimentos dedicado à América Latina, tendo o Brasil como prioridade.
A ambição é levantar US$ 50 milhões através de investimentos de fundos e family offices que já têm histórico com a aceleradora. O objetivo é impulsionar startups nos estágios iniciais (pré-seed, seed e série A), com cheques entre US$ 50 mil e US$ 2 milhões.
A estratégia será liderada por Igor Mazaki, que assumiu como CEO da Plug and Play no Brasil. Com experiência no setor automotivo e inovação, Mazaki atuou como diretor global de Inovação e Novos Serviços da Jaguar Land Rover, foi diretor de Projetos na Software République, do Grupo Renault e CFO e Chief of Staff na Alliance Ventures, fundo de investimento da Aliança Nissan-Renault-Mitsubishi.
“O Brasil é um mercado resiliente, com empreendedores capazes de inovar mesmo em cenários adversos. Queremos acelerar startups nos setores em que o país já se destaca globalmente, como fintechs, agritechs e energytechs, sem excluir outras oportunidades promissoras”, afirma Mazaki.
Em bate papo com o Mercado Digital no Instituto Caldeira, na semana do South Summit Brazil, ele contou que o fundo ainda não foi oficialmente lançado, mas o executivo já discute com potenciais investidores e empresas interessadas. “Estou sondando o apetite real do ecossistema.” A expectativa é que o fundo esteja de pé até meados de 2026.
A atuação da Plug and Play no Brasil começou em 2016, com o investimento na Rappi, seguida pela CloudWalk, em 2017, que se tornou unicórnio quatro anos depois. Desde a abertura do escritório no país, em 2019, a aceleradora já investiu em 39 startups na América Latina, 11 delas brasileiras. Agora, a meta é realizar 10 investimentos anuais no Brasil.

Recentemente, a Plug and Play foi eleita o segundo fundo mais ativo do mundo, de acordo com o relatório PitchBook’s 2024 Global League Tables, om que impulsiona as conversas com possíveis parceiros. No ano passado, a aceleradora realizou 257 aportes em startups ao redor do globo — e vem replicando esse modelo: na semana passada lançou um fundo na Espanha e está prestes a anunciar outro no Japão.
A estrutura do fundo seguirá o playbook da companhia no mundo, com foco inicial em startups em fase de tração, mas também dispostas a se conectar com grandes empresas — uma das marcas registradas da Plug and Play. “Já temos uma base de relacionamento com corporates no Brasil e muitas estão nos procurando agora, entendendo que realmente queremos crescer aqui”, conta Mazaki.
Segundo ele, setores como energia sustentável, agro e fintechs devem estar no centro da tese do fundo local. “O agro precisa assumir o pedestal de liderança. Sustentabilidade e agro precisam caminhar juntos — e o Brasil pode ser protagonista nessas áreas. As soluções desenvolvidas aqui têm potencial para serem exportadas para o mundo tudo, fortalecendo ainda mais o ecossistema brasileiro”, aposta.

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