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Patricia Knebel

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Publicada em 13 de Abril de 2025 às 20:31

Pessoas ainda são o elo mais frágil da segurança, aponta Cora

 Fintech aposta em tecnologia e conscientização para garantir confiança e reduzir riscos

 Fintech aposta em tecnologia e conscientização para garantir confiança e reduzir riscos

Cora/Divulgação/JC
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As transações digitais e os pagamentos PIX aumentam a cada ano, o que também traz um panorama preocupante sobre riscos de fraudes financeiras e golpes. O caminho para a prevenção?
As transações digitais e os pagamentos PIX aumentam a cada ano, o que também traz um panorama preocupante sobre riscos de fraudes financeiras e golpes. O caminho para a prevenção?
Preparar as pessoas é um dos mais estratégicos deles, alerta Mônica Leite, diretora jurídica e de compliance da Cora, fintech que atua no mercado de bancos digitais para empresas.
Ela participou nessa do painel Cyber Resilience: Preventing Financial Fraud and Scams, no South Sumit Brazil, ao lado de Marcia Netto, fundadora e CEO da Silverguard.
“Mesmo com os avanços tecnológicos, o maior desafio ainda é o fator humano. “Não importa o quão sofisticada seja a infraestrutura de segurança, se as pessoas não estiverem preparadas, continuam sendo o elo mais vulnerável”, afirma.
De fato, a transformação digital trouxe velocidade, praticidade e novos modelos de negócio para o setor financeiro, mas também ampliou os pontos de vulnerabilidade. O avanço das tecnologias abriu espaço para tentativas de fraude cada vez mais complexas, que desafiam não apenas os sistemas, mas a atenção e o preparo das pessoas.
Com a popularização de ferramentas de inteligência artificial, golpes como phishing e engenharia social ganharam novos contornos. Hoje, criminosos conseguem usar deepfakes de voz e vídeo para se passarem por pessoas conhecidas, induzindo vítimas a compartilharem senhas e códigos de autenticação. As mensagens fraudulentas estão mais convincentes e personalizadas, tornando-se cada vez mais difíceis de identificar.
Para Monica, é preciso o problema depende de soluções que equilibrem cultura, tecnologia e processos. O primeiro passo está nas pessoas, exigindo ações de conscientização tanto internamente quanto junto aos usuários. “A segurança precisa fazer parte da rotina, com orientações simples, diretas e constantes”, diz.
O segundo pilar é a tecnologia. A Cora utiliza autenticação multifator, análise de comportamento em tempo real e soluções baseadas em inteligência artificial para identificar movimentações suspeitas e agir de forma preventiva. “A resposta a ataques sofisticados precisa ser igualmente inteligente”, reforça Monica.
Os processos dão sustentação a essas medidas. Ter regras claras, revisar frequentemente as integrações com terceiros e definir protocolos de resposta a incidentes são ações fundamentais para garantir consistência e confiança em um ambiente de crescimento acelerado. "Segurança não é um produto isolado, mas um conjunto de práticas, decisões e comportamentos que precisam estar presentes em tudo que a empresa faz."
Na Cora, a inteligência artificial também vem sendo usada para gerar valor em diversas frentes. Hoje, cerca de 10% da equipe já atua diretamente com projetos ligados à IA. A tecnologia tem sido aplicada para automatizar tarefas repetitivas, apoiar as áreas de compliance, atendimento e análise de dados, além de organizar informações de forma mais ágil.
No relacionamento com clientes, Monica revela planos da fintech para desenvolver assistentes digitais inteligentes capazes de entender o histórico da empresa, aprender com os dados transacionais e oferecer respostas rápidas e seguras. "A ideia é que essa tecnologia atue quase como um conselheiro financeiro digital, apoiando decisões desde questões simples até ações preventivas para evitar riscos", explica.
Outra aplicação evidente da IA é a segurança da informação. A diretora jurídica da Cora detalha essa tecnologia tem sido explorada por criminosos para simular pessoas, clonar comunicação e aplicar golpes sofisticados. No entanto, a IA também é fundamental para proteger a empresa e as pessoas dessas práticas. “Usamos algoritmos para identificar padrões suspeitos em tempo real, fortalecer os sistemas de autenticação e combater fraudes.”

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