É preciso pensar a Inteligência Artificial de maneira concreta, ou seja, atrelada aos objetivos de negócio. Esse é o caminho para que os líderes driblem o hype do momento e tenham mais clareza ao decidir onde, como e quanto investir.
"Vemos uma perspectiva muito forte na aplicação da IA para a melhoria de performance das empresas e na visão transformacional. É sobre a capacidade que essa tecnologia traz de reinventar o modelo de negócio", aponta o fundador e CEO da Meta Consultoria de Tecnologia e Inovação, Telmo Costa. Ele participou do IA Day, evento realizado pelo Instituto Caldeira.
A empresa realizou uma pesquisa com a Fundação Dom Cabral, que mostrou que o foco das empresas hoje no Brasil, ao adotar essa tecnologia, é a eficiência operacional, com uma visão de curto prazo. "Estamos trabalhando com clientes para levar uma visão de mais longo prazo, equilibrar essa expectativa mais imediata. O grande desafio é que isso é uma mudança cultural violenta nas companhias, mas é importante avançar nisso", destaca.
O centro da transformação não é tecnologia, são as pessoas e a sua capacidade de conseguir aprender e reaprender cada vez mais rápido, destaca Costa.
É preciso criar uma cultura de pesquisa, de questionamento. Isso fará com que seja acelerada a adoção da Inteligência Artificial. Nesta direção, será fundamental ter profissionais desenvolvendo novas habilidades, como capacidade analítica, sabendo fazendo as perguntas certas e entendendo os dados.
De acordo com o executivo, a discussão não será mais se a IA é um tema da área de negócio ou de tecnologia - tudo vai virar uma coisa só, porque a tecnologia entra no core business. "É uma oportunidade fantástica de reinvenção do modelo atual das organizações, das pessoas começarem a trabalhar de uma maneira mais integrada e com uma visão de negócios, orientada à resultado", destaca.