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Patricia Knebel

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Publicada em 08 de Outubro de 2024 às 16:02

IA é um jogo de capital humano, diz fundador da C3.ai

Siebel conta que empresa investiu de US$ 2 a US$ 3 bilhões para construir a sua plataforma

Siebel conta que empresa investiu de US$ 2 a US$ 3 bilhões para construir a sua plataforma

Instituto Caldeira/Divulgação/JC
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Patricia Knebel
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Concentre-se em tornar seus aplicativos empresariais preditivos. Esse foi o conselho do chairman e CEO da C3.ai, Thomas Siebel, para os líderes gaúchos que estão buscando o melhor cenário para aplicar a Inteligência Artificial (IA) nos seus negócios, e que estiveram na sede global da empresa, localizada no Vale do Silício, na Califórnia (EUA), na semana passada.
Concentre-se em tornar seus aplicativos empresariais preditivos.

Esse foi o conselho do chairman e CEO da C3.ai, Thomas Siebel, para os líderes gaúchos que estão buscando o melhor cenário para aplicar a Inteligência Artificial (IA) nos seus negócios, e que estiveram na sede global da empresa, localizada no Vale do Silício, na Califórnia (EUA), na semana passada.
A C3.ai, fábrica de softwares que atende players como Google, CIA e Força Aérea Americana, foi uma das empresas visitadas pela comitiva de empresários que participou da missão liderada pelo Instituto Caldeira ao berço da tecnologia mundial. 

“Quando pensamos na aplicação da IA no nível empresarial, eu não me preocuparia tanto com os algoritmos, aprendizado supervisionado versus aprendizado não supervisionado, IA generativa, redes neurais ou seja lá o que for. Deixe isso para os profissionais”, recomendou.
Qual, então, deve ser o foco dos empresários?
Missão Instituto Caldeira Vale do Silício 2024 | Instituto Caldeira/Divulgação/JC
Missão Instituto Caldeira Vale do Silício 2024 Instituto Caldeira/Divulgação/JC
Concentre-se em pegar seus aplicativos empresariais, sejam eles de manufatura, cadeia de suprimentos, estoque, ERP ou CRM, e foque em torná-los aplicativos preditivos”, sugeriu aos líderes gaúchos durante o bate-papo.
Isso significa que, ao invés de relatar quais foram as falhas na cadeia de suprimentos, a ideia é identificá-las antes que aconteçam, mitigá-las e entregar os produtos no prazo para resolver os problemas dos clientes.
“Em vez de nos preocuparmos em relatar qual foi a rotatividade de nossos clientes, por que não prevemos quais clientes nos deixarão nos próximos 180 dias e tomamos medidas para recuperá-los”, exemplifica.
Primeira empresa de IA empresarial nativa
Thomas Siebel é o fundador da Siebel Systems, empresa que foi adquirida pela Oracle por US$ 5,85 bilhões. Nos últimos anos, tem ajudado a transformar a C3.ai em uma referência global nessa área.

A empresa investiu de US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões para construir a sua plataforma de software. A solução permite projetar, desenvolver, provisionar e operar aplicações de IA empresarial em grande escala.
A C3.ai é a primeira empresa de software de IA empresarial nativa”, aponta Siebel. “Quando começamos a trabalhar na construção desta plataforma, em janeiro de 2009, a AWS era pequena e o Azure (Microsoft ) e Google Cloud não existiam. A Internet das Coisas era algo apenas sobre o qual as pessoas falavam”, relembrou.
Mas, desde aquela época, o executivo diz que eles acreditavam que a computação em nuvem elástica, o big data, a Internet das Coisas e a análise preditiva mudariam tudo em relação à computação.
O investimento bilionário na plataforma focou na estratégia de poder oferecer um conjunto de aplicações capaz de permitir que as organizações apliquem IA empresarial para o benefício econômico de sua empresa, de seus clientes, dos acionistas e para o benefício social.
São mais de 100 aplicações de IA empresarial para atender às cadeias de valor de petróleo e gás, serviços públicos, serviços financeiros, produtos farmacêuticos, defesa, inteligência e aeroespacial.
“Somos o maior provedor dessas soluções no mundo. E todas as evidências externas que podemos ver sugerem que temos os mais altos níveis de satisfação do cliente no mundo”, aponta o fundador da C3.ai.
TI é um jogo de capital humano
Ter esse resultado todo, explica, também é resultado da cultura da C3.ai. A empresa tem hoje 1.2 mil  profissionais operando em diversos países ao redor do mundo, como Brasil, México, nos Estados Unidos, Paris, Roma, Londres, Munique, Cingapura.
O foco ali é alto desempenho, alta produção, alta energia profissional dedicada à excelência e dedicada para garantir que os clientes recebam benefícios econômicos substanciais e rápidos dos projetos.
“A cultura corporativa na C3.ai é única. Nossos profissionais são altamente treinados e quase 70% têm mestrado e 10% doutorado Eles estão no seu auge”, aponta. "Nosso time é mais bem educado, eles são atletas intelectuais, são dedicados, são comprometidos e trabalham incansavelmente em equipe. Fazem o que for preciso para deixar o cliente satisfeito”, acrescenta orgulhoso.
O empreendedor relata que, na medida em que uma empresa tem mais sucesso, é porque tem uma equipe mais forte, como no caso da C3.ia.
“O negócio de tecnologia da informação é simplesmente um jogo de capital humano. Ponto final. É a sua equipe contra a equipe deles”, atesta Siebel.
Vida profissional x pessoal

Outro tema que surgiu durante a conversa com a comitiva do Instituto Caldeira foi a relação entre vida pessoal e profissional. Para o executivo, a C3.ai não está lutando para esse equilíbrio.
“Para nós, trabalho e vida são a mesma coisa. O tipo de profissional que vem trabalhar na C3.ai gosta de trabalhar em equipe, é altamente colaborativo, adora trabalhar com clientes, resolver problemas complexos e realizar coisas que nunca foram realizadas antes. Temos 100% de cultura de trabalho no escritório”, relata.

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