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Patricia Knebel

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Publicada em 25 de Setembro de 2024 às 15:21

Cultura é sobre o que a gente reforça ou reprime, diz Marta Saft

Líderes precisam abraçar a diversidade, sugere executiva

Líderes precisam abraçar a diversidade, sugere executiva

Instituto Caldeira/Divulgação/JC
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Vivemos em um mundo volátil e, em momentos de crise nos quais somos desafiados nos negócios, as conquistas de inclusão, diversidade e impacto social são as primeiras que sofrem nas nossas empresas e na sociedade. O alerta é da diretora geral da Thoughtworks Brasil, Marta Saft, participou essa semana da Semana Caldeira.
Vivemos em um mundo volátil e, em momentos de crise nos quais somos desafiados nos negócios, as conquistas de inclusão, diversidade e impacto social são as primeiras que sofrem nas nossas empresas e na sociedade. O alerta é da diretora geral da Thoughtworks Brasil, Marta Saft, participou essa semana da Semana Caldeira.
Em tempos em todas as empresas falam (ou pelo menos, deveriam) sobre a criação de uma cultura diversa, a Thoughtworks é uma referência global sobre como se deve pensar e agir na direção dessa visão.
A multinacional, cuja sede no Brasil está localizada no Tecnopuc, tem no seu DNA a diversidade, equidade e inclusão como um caminho para criar mudanças sociais positivas.
Os valores de diversidade não podem estar apenas na cartilha, no site da empresa. As pessoas precisam chegar e sentir na pele o pertencimento e a possibilidade de contribuir”, destaca.
Para isso, comenta, é fundamental que esses valores sejam parte das políticas da empresa, dos processos e nas condutas no dia a dia, como um tratamento em uma reunião, como um homem se dirige a uma mulher e como se abre espaço para a tomada de decisões a partir de perspectivas diversas.
“Essa agenda é extremamente importante, mas ainda muito subestimada. Precisamos ser mais intencionais”, aponta.
“Já entendemos que a diversidade traz impacto financeiro, que é importante para a inovação, porém, os líderes precisam garantir que esses valores estejam presente nos processos e na tomada de decisão”, avalia a executiva.
E se os líderes não tiverem essa visão da diversidade?
Se não acontecer na liderança, muito improvável que se efetive em outras áreas da organização”, admite. “Quando falamos em cultura, estamos falando dos comportamentos, é sobre aqueles que a gente reforça ou reprime no dia a dia”, pontua.
Marta acredita que, para os valores saírem da cartilha e irem para a prática, é preciso que os líderes sejam capaz de reproduzir na prática. “Ou isso vai vir de lugar muito genuíno deles, ou terá que ser construído ao custo de muito esforço. Mas, tem pessoas que se abrem e estão dispostas a rever valores e incorporar uma cultura diferente”, aponta.

Desafios de pensar a carreira de forma linear

Como agir quando tudo na nossa vida esta mudando de lugar? 
Marta falou para uma plateia lotada na Semana Caldeira sobre carreira, e trouxe perspectivas importantes.
“A grande maioria das pessoas precisa de um trabalho para conseguir sobreviver. Esse privilégio que temos, de poder pensar na nossa carreira, vem com responsabilidades de quem será impactado e como na nossa jornada”, provocou.
Marta comenta que não costumamos aprender modelos mentais que nos ajudem a decidir o que temos que fazer na nossa carreira – muitas vezes, adotamos uma Idea coletiva do que reconhecemos como sucesso, mas que nem sempre culminam com realização pessoal.
Pensar carreira de forma linear pode ser um problema, especialmente porque estamos sempre tentando aumentar a nossa rampa, crescer cada vez mais. Esse movimento nos impede de dar os passos na direção do que queremos, de fato, fazer, pois parece que qualquer coisa que não nos leve para cima, é um detrator na nossa carreira”, analisa.
A jornada precisa fazer sentido primeiro para a gente. “Nosso trabalho tem que ser parte da nossa exploração pessoal”, diz.
Marta comenta que começou a pensar diferente a sua própria carreira quando trouxe junto a questão do impacto. “Falar em impacto se traduz em liberdade para determinar nossos passos”, comenta.
Isso porque, impacto não é uma posição, mas sobre o que você quer criar. E, a partir disso, você constrói como quer fazer. Pode ser sendo CEO, criando uma startup ou liderando um projeto em uma empresa.

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