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Patricia Knebel

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Publicada em 15 de Julho de 2024 às 11:25

NoHarm chega ao SUS das regiões Norte e Nordeste

Startup, sediada no Tecnopuc, utiliza Inteligência Artificial na saúde

Startup, sediada no Tecnopuc, utiliza Inteligência Artificial na saúde

Tecnopuc/Divulgação/JC
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A NoHarm, startup que utiliza Inteligência Artificial na saúde, foi uma das cinco iniciativas contempladas no edital Juntos pela Saúde, programa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com valor total de R$ 20 milhões. Foram mais de 40 projetos inscritos.
A NoHarm, startup que utiliza Inteligência Artificial na saúde, foi uma das cinco iniciativas contempladas no edital Juntos pela Saúde, programa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com valor total de R$ 20 milhões. Foram mais de 40 projetos inscritos.
“Com esse apoio, a NoHarm vai conseguir ampliar o impacto para a Atenção Primária à Saúde e melhorar o atendimento dos pacientes das regiões Norte e Nordeste que dependem do SUS”, afirma o CEO da empresa, Henrique Dias.
A startup é integrante do Parque Científico e Tecnológico da Pucrs (Tecnopuc), que tem ampliado a sua atuação por meio do conceito Anywhere, que visa ampliar a atuação e o impacto gerado pela comunidade do parque, conectando negócios inovadores onde quer que estejam.
O projeto da NoHarm prevê a implantação de sistemas de inteligência para melhoria do cuidado ambulatorial, monitoramento das populações e suporte à decisão na regulação dos pacientes.
“Nosso objetivo é integrar as inteligências da NoHarm aos sistemas já existentes no SUS, como PEC e SISREG, para melhorar o processo de trabalho dos profissionais de saúde e a melhoria do cuidado”, destaca a diretora Clínica da NoHarm, Ana Helena Ulbrich.
A NoHarm desenvolveu dois algoritmos para automatizar a triagem farmacêutica. Enquanto um prioriza prescrições fora do padrão, o outro trabalha na identificação de pacientes críticos. O sistema indica onde estão os possíveis erros de prescrição, aumentando a qualidade do atendimento e a eficiência hospitalar.
A startup já recebeu o apoio da Bill & Melinda Gates Foundation, do CNPq e do BNDES para o desenvolvimento de novos projetos para o SUS, três prêmios do Google Latin America Research Awards (LARA), além do apoio institucional do Tecnopuc e NAVI, o hub de ciências de dados e inteligência artificial do Parque e Wisidea.
O Juntos pela Saúde é gerido pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), que busca reunir recursos para apoiar e fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.
Até 2026, o programa prevê destinar cerca de R$ 200 milhões para projetos de saúde em benefício de atividades de atendimento às populações que vivem nessas regiões do país, incluindo os serviços da atenção primária; a média e a alta complexidades; os serviços de urgência e emergência e o apoio diagnóstico.
O programa funciona na modalidade matchfunding, em que uma instituição doa um valor e o BNDES investe a mesma quantia no projeto beneficiado. No caso da NoHarm, metade dos recursos será doada pela Umane.
Inicialmente, o projeto envolverá municípios com menos de um médico por mil habitantes em estados como Alagoas, Bahia, Ceará, e Pará e Roraima.
A história da startup
A NoHarm nasceu a partir de uma pesquisa de Henrique Dias, quando era estudante de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da Escola Politécnica da Pucrs. A solução foi pensada em conjunto com Ana Helena Ulbrich, farmacêutica do Grupo Hospitalar Conceição, e o desenvolvimento do projeto contou com a participação de sete voluntários para concluir o desenvolvimento do sistema e colocar a pesquisa em prática.
Os Hospitais Mãe de Deus e Santa Casa, ambos de Porto Alegre, abraçaram o projeto e decidiram implantar o sistema no dia a dia da farmácia clínica. Hoje são mais de 80 hospitais e 20 mil leitos monitorados todos os dias.

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