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Patricia Knebel

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Publicada em 19 de Junho de 2024 às 12:16

Senado adia votação do relatório sobre IA e cria mais cinco audiências

Patricia diz que Brasil detém requisitos para ser líder mundial em treinamento da IA

Patricia diz que Brasil detém requisitos para ser líder mundial em treinamento da IA

Peck Advogados/Divulgação/JC
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A votação do relatório sobre Inteligência Artificial (IA), prevista para acontecer na terça-feira (19), foi adiada pelo Senado. Além disso, ficou decidido que serão realizadas mais cinco audiências.
A votação do relatório sobre Inteligência Artificial (IA), prevista para acontecer na terça-feira (19), foi adiada pelo Senado. Além disso, ficou decidido que serão realizadas mais cinco audiências.
O relator da Comissão Temporária sobre Inteligência Artificial no Brasil, senador Eduardo Gomes (PL-TO), apresentou seu texto sobre a proposta (PL 2.338/2023) com contribuições de outros nove projetos, além das sugestões feitas pelos senadores.
Mais emendas foram apresentadas de última hora e o colegiado aprovou a extensão do prazo para análise do relatório, além da realização de mais cinco audiências públicas.
Questões como proteção de dados, proteção ao trabalho e até armas letais autônomas foram incluídos no relatório de Eduardo Gomes (PL-TO), apresentado pelo parlamentar à Comissão sobre Inteligência Artificial (CTIA).
Gomes apresentou um substitutivo ao projeto de lei (PL 2.338/2023), do senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. A proposta, que está em análise na comissão, incorporou vários temas de outros nove projetos tramitando em conjunto, que o relator considerou prejudicados.
Segundo ele, o substitutivo acompanhou tendências regulatórias adotadas durante a discussão sobre o tema no Reino Unido e nos Estados Unidos. Segundo ele, esses países promovem uma cooperação entre autoridades setoriais, com um equilíbrio para promover a livre iniciativa e a livre concorrência.

Foram incorporadas ao texto novas regras de proteção ao trabalho e aos trabalhadores, organizadas em seção específica, na qual é determinada a adoção de medidas para mitigar os impactos negativos e potencializar os positivos da inteligência artificial”, explica o presidente da CTIA, senador Carlos Viana (Podemos-MG).
Patricia Peck, CEO do Peck Advogados e membro do Data Protection Authority (CNPD) do Brasil, comenta que entre os principais temas abordados nos projetos estão a definição de princípios éticos para IA, a criação de uma Política Nacional de Inteligência Artificial, a regulação do uso de IA em áreas como publicidade e justiça, além de mecanismos de governança e responsabilização.
“Nessa semana, a CTIA deu mais um passo na tramitação do PL 2338 sobre Inteligência Artificial. Vontade política somada a ano eleitoral darão tração para legislação de IA no país”, analisa. “Acreditamos que, de forma bem estruturada e planejada, o Brasil já detém os requisitos para ser líder mundial em pessoas e bases de dados para treinar IA, o que permitirá geração de muitas oportunidades, inclusive para menores aprendizes”, pontua a especialista.

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