Será que
estamos preparados para ter como colega de trabalho um robô? Esse assunto está no top das discussões nessa semana depois que foram divulgadas informações de um
episódio que aconteceu em com um
robô da fábrica da Tesla em Austin, no Texas (EUA), e que resultou em uma “laceração, corte ou ferida aberta” na mão esquerda de um engenheiro.
O caso aconteceu em 2021, conforme relatório de incidentes enviado pela empresa às autoridades americanas, e foram divulgadas agora pelo site The Information, que descreve que o robô prendeu um engenheiro de software contra uma superfície, “cravou suas garras em seu corpo e tirou sangue de suas costas e braço”.
Mas, importante, ao que tudo indica, isso não se trata de um ataque de robô. O engenheiro estava programando um software que controla robôs cuja função é cortar peças de automóveis a partir de peças de alumínio recém-fundidas. Segundo o que testemunhas relataram ao site, embora dois dos robôs tenham sido desativados para que o engenheiro e sua equipe pudessem trabalhar nas máquinas, um terceiro foi deixado ligado incorretamente – resultando no ataque, disseram testemunhas ao Information.
Depois que outro trabalhador apertou um botão de parada de emergência, o engenheiro escapou do alcance do robô, caindo alguns centímetros em uma rampa projetada para coletar sucata de alumínio.
A presença das equipes mistas (humano-máquina) já é uma realidade em muitas empresas e instituições, especialmente nos Estados Unidos. O desafio é preparar o ambiente com segurança para permitir essa convivência, especialmente, quando o caso for de proximidade com robôs que são cobot (feitos para serem colaborativos), como parece ser o caso deste incidente.