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Mercado Digital

- Publicada em 08 de Novembro de 2023 às 15:28

Na retomada, Ceitec deverá seguir nova rota tecnológica

Com mudança, profissionais terão que ser contratados e, os atuais, recapacitados

Com mudança, profissionais terão que ser contratados e, os atuais, recapacitados


CEITEC/DIVULGAÇÃO/JC
A assembleia que acontecerá nesta sexta-feira (10) para definir a reversão do processo de liquidação do Ceitec deve dar início, de fato, a uma nova fase da empresa. Na ocasião serão nomeados os conselhos de Administração e Fiscal que, por sua vez, elegerão a próxima diretoria e, com isso, o seu retorno às atividades.
A assembleia que acontecerá nesta sexta-feira (10) para definir a reversão do processo de liquidação do Ceitec deve dar início, de fato, a uma nova fase da empresa. Na ocasião serão nomeados os conselhos de Administração e Fiscal que, por sua vez, elegerão a próxima diretoria e, com isso, o seu retorno às atividades.
Augusto Cesar Gadelha Vieira, atual liquidante da empresa, é cogitado pelo mercado como um nome forte para ser o novo presidente. “Prefiro não adiantar decisões do conselho”, comenta o gestor em conversa com o Mercado Digital.
A verdade é que, independentemente disso, alguns possíveis rumos do Ceitec já estão sendo estudados nos últimos cinco meses. Um deles é o de não entrar em um nicho de produto que coloque a empresa em competição direta com players já estabelecidos no mercado. O outro, em linha com essa visão, é o que aponta para a possível rota tecnológica a ser adotada: a do carbeto de silício (metal composto se silício e carbono).
“A ideia é entrarmos em uma nova área e aproveitar o início dessa onda e atender o mercado de semicondutores de potência. Ao invés do silício, vamos trabalhar com o carbeto de silício que dá mais estabilidade ao chip quando ele é requerido para módulos que requerem potência elétrica maior”, explica Gadelha.
Um dos principais mercados a serem atendidos com esse produto é o automotivo, com os carros elétricos. Outra vantagem de seguir nesse nodo tecnológico é que esse modelo se sustentaria de pé com um “pequeno upgrade da fábrica” neste primeiro momento.
Outro ponto defendido por algumas pessoas é partir para o nodo tecnológico de 180 a 200 namometros, o que exigiria uma área maior que a atual do Ceitec ou uma produção menor para ser possível na planta atual.
“Tudo é uma questão de equilíbrio. Ainda vamos fazer mais estudos até tomar a decisão final, em cerca de um mês. Mas, esse mercado que está crescendo muito no mundo todo e é uma grande promessa. E pode ser implementado dentro da estrutura atual do Ceitec sem ter a necessidade de expansão física e nem a aquisição de equipamentos mais caros”, relata.
A partir dessa decisão, o próximo passo é a aquisição de novos maquinários, contratação dos recursos humanos necessários e retreinamento dos que já estão na empresa para adequá-los a essa nova tecnologia. “Feito isso, poderemos dar início ao processo de fabricação de chips”, ressalta Gadelha.