South Summit, o símbolo de uma nova mentalidade de Porto Alegre

Por Patricia Knebel

Tá na Mesa apresentou perspectivas sobre o encontro de inovação
Impacto positivo incalculável na imagem de Porto Alegre. Intensificação das conexões. Geração de valor para a economia da cidade. A segunda edição do South Summit Brasil se aproxima, e a expectativa é avançar ainda mais nos resultados obtidos no ano passado.
“O South Summit não foi um evento do qual as pessoas participaram apenas. O ecossistema de inovação se sentiu parte e responsável por tudo que estava acontecendo. Isso que gerou a mágica e que fez com que não fosse um evento comum”, relembra Luiz Carlos Pinto, secretário de Inovação de Porto Alegre e um dos líderes do Pacto Alegre.
O evento, que acontece de 29 a 31 de março, no Cais Mauá, em Porto Alegre, foi tema do Tá na Mesa de ontem, realizado nesta quarta (15), na Federasul. Além do gestor, o encontro reuniu ainda o CEO do South Summit Brasil, Thiago Ribeiro, a secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia do RS, Simone Stülp, e Felipe Diesel, CEO da Yours Bank, vencedora da Competição de Startups no ano passado.
Ribeiro destaca o papel do evento em revelar toda a amplitude que o tema da inovação tem, especialmente porque se relaciona com uma série de outras valências como colaboração, compartilhamento, acesso à capital, educação, cultura e turismo.
“O South Summit chegou a Porto Alegre para potencializar esse movimento da cidade e, de fato, impactou a rede hoteleira, bares, trouxe um fortalecimento da lógica das conexões. Sem falar na imagem da capital, que hoje está circulando em fóruns globais de discussões e em diversas nações”, analisa.
Para reforçar, ele cita o sucesso da Competição de Startups, que esse ano teve 2 mil inscritos. “Temos empresas de 44% dos países do mundo. E não falo apenas dos Estados Unidos e Europa, mas também de Egito, Austrália, Zimbabwe e Paquistão. São iniciativas como essa que mudam a perspectiva dos olhos do mundo para a nossa cidade”, exemplifica.
Sem falar no fortalecimento do ecossistema local. Nesta segunda edição, das sete startups gaúchas finalistas, quatro são de Porto Alegre e duas da Região Metropolitana. “Isso mostra a qualidade do que vem sendo desenvolvido aqui e a importância de ambientes como Tecnopuc, Instituto Caldeira, Nau e Fábrica do Futuro, entre outros. O South Summit é um catalisador disso tudo”, reforça Ribeiro.
Luiz Carlos Pinto faz questão de relembrar a reversão de expectativas da cidade, que se acelerou nos últimos anos com o Pacto Alegre. A vinda do South Summit foi fundamental para simbolizar a mudança de mentalidade.
“Desde aquele momento do Pacto, já havíamos destacado a importância de ter um grande evento para projetar a imagem da cidade no mundo”, recorda. Ao invés de construir do zero algo, a decisão dos atores envolvidos foi mostrar essa mudança de perspectiva de Porto Alegre trazendo um grande evento global.
“O South Summit tem sinergia com a cidade. Tem South no nome, foca em negócios e empreendedorismo. Assim, acabou sendo uma lupa que permitiu mostrar esse momento de renascimento da cidade e trouxe olhares de pessoas que não circulavam no nosso ecossistema”, pontua.