Startups têm o segundo melhor ano em captações, diz Distrito

As startups brasileiras vivem o segundo melhor ano desde 2013, segundo dados de Venture Capital da plataforma de inovação Distrito

Por Patricia Knebel

Apesar da queda de aportes, números superaram período de 2013 a 2020
Apesar de 2022 ter sido um ano de queda dos investimentos do risco no Brasil em relação a 2021, quando havíamos atingido o nível recorde, o volume investido entre janeiro e novembro de 2022 já supera o total de cada ano entre 2013 e 2020.
As startups brasileiras vivem o segundo melhor ano desde 2013, segundo dados de Venture Capital da plataforma de inovação Distrito. Entre janeiro e novembro deste ano, os recursos investidos no segmento chegaram a US$ 4,48 bilhões, volume que só é menor do que no ano passado, quando os VCs investiram US$ 9,8 bilhões ao longo dos 12 meses.
“Apesar da menor liquidez em relação a 2021 por causa da alta de juros e reprecificação dos ativos de risco, o setor ainda está bastante resiliente. Os investidores continuam em busca de boas histórias de inovação e tecnologia que podem transformar a economia e a sociedade”, comenta Gustavo Gierun, CEO e cofundador do Distrito.
Segundo ele, o Brasil continuará sendo um cenário perfeito para as startups - problemas complexos em mercados gigantescos dentro de uma sociedade relativamente bem digitalizada. “Olhando uma curva de cinco anos e, excluindo 2021, que foi um ano fora da curva em termos de volume de investimentos, venture capital continua crescendo no Brasil. Tecnologia seguirá como um pilar de geração de produtividade e valor para nossa economia”, acrescenta.
Nos 11 primeiros meses de 2022, os investimentos envolveram 617 operações, contra 784 deals no mesmo período do ano passado. Entre janeiro e novembro de 2021, o volume foi de US$ 8,9 bilhões. No resultado mensal, novembro apresentou uma desaceleração, com a captação de US$ 279,7 milhões em 31 rodadas, contra US$ 376,4 milhões em 54 deals em outubro. Em novembro de 2021, os investimentos foram em US$ 835,9 milhões em 62 rodadas.
O destaque do mês ficou com a RetailTech CantuStore, que levantou US$ 112 milhões junto ao fundo de private equity L Catterton. Outra operação de volume foi a RegTech Alias, que captou US$ 100 milhões em uma rodada Series B. A Fintech Agrolend, também em uma Series B, fechou a terceira maior captação do mês passado, com US$ 27 milhões.
Em novembro, houve 13 M&As contra 10 no mês anterior e 15 em novembro de 2021. Nos onze primeiros meses deste ano, as startups estiveram envolvidas em 192 operações, contra 218 no mesmo período de 2021.