Remoto? Presencial? A verdade é que o formato híbrido é o modelo de trabalho mais adotado no Brasil, uma realidade para 56% dos profissionais. Isso representa um aumento de 12 pontos percentuais em relação à edição de 2021, tomando espaço dos modelos puramente remoto (19% vs. 27% em 2021) e presencial (25% vs. 29% em 2021).
Os dados fazem parte da segunda edição do estudo "O Futuro do Trabalho no Brasil – um ano de híbrido: insights e novos desafios para as empresas brasileiras", realizado pelo Google Workspace, com a participação da consultoria IDC Brasil.
Cerca de 41% das pessoas gostariam de mudar o modelo adotado pela empresa atualmente. Para aqueles que estão 100% na modalidade presencial, a vontade é ainda maior (48%), mostrando o desejo do colaborador pela presença do aspecto remoto no modelo de trabalho.
A possibilidade de trabalhar no modelo híbrido, que foi apontado como a melhor opção por 73% dos entrevistados que atuam nesse modelo, também tem justificado possíveis trocas de emprego - 65% dos que estão no presencial trocariam seus empregos atuais para trabalhar de forma híbrida, mantendo os mesmos benefícios e salários. Para quem está apenas remoto, esse índice é de 54%.
A escolha da modalidade de trabalho também aparece como condição importante na busca por uma vaga. Este item é citado por 36% dos entrevistados, e praticamente se iguala à importância de um bom pacote de remuneração e benefícios (38%).
Atividades pessoais x profissionais
Quando questionados sobre os benefícios do trabalho híbrido, 84% dos que estão nesse modelo declaram que conseguem separar bem as atividades pessoais das profissionais, mesmo nos dias em que trabalham remotamente. Já 81% declaram que o formato aumenta a capacidade de se adaptarem rapidamente às mudanças que acontecem todos os dias, e 75% afirmam que ganharam mais bem-estar e saúde mental em decorrência deste formato de trabalho.
O head do Google Cloud no Brasil, Marco Bravo, comenta que a adaptação aos novos formatos de trabalho, acompanhada de uma maior familiaridade com as soluções tecnológicas associadas, traz novas possibilidades para a forma como trabalhamos. “As decisões sobre o local de trabalho estão mais pautadas na flexibilidade de escolher de onde se conectar, de uma maneira cada vez mais humana, centrada no indivíduo e em como ele se vê colaborando, seja profissionalmente ou em seu ambiente pessoal", relata.
Ao mesmo tempo, o trabalho híbrido também traz novas tensões e discussões para o ambiente corporativo. Para que o modelo tenha sucesso, é necessária atenção a temas como a integração de novos funcionários à cultura da empresa - 62% dos que estão no híbrido consideram essencial que novos colaboradores trabalhem mais dias do escritório durante a integração.
Além disso, o formato também pede preparação de profissionais mais novos para lidar com a autonomia - 23% dos jovens (18-25 anos) que estão no híbrido declaram que não conseguem separar bem as atividades pessoais das profissionais.
Minimizando atritos sem perder flexibilidade
Por fim, é importante entender como a experiência de cada um pode ser diferente e encontrar formas de minimizar atritos sem perder a flexibilidade. Um exemplo é o formato das reuniões, para 73% a experiência é muito melhor e mais inclusiva quando todas as pessoas participam da mesma forma nas reuniões (em uma mesma sala de reunião ou mesma videoconferência).
Em 2021, 98% dos entrevistados afirmaram de forma espontânea que a colaboração estava ligada ao ato de ajudar. Neste ano, as respostas ainda são centradas em prestar ajuda (64%), mas evoluíram para noções sobre trabalho em equipe (36%), união de forças (26%) e empenho (16%).
Esse novo significado é acompanhado por uma mudança de percepção. Do período da pandemia até a realização do estudo, a percepção de colaboração como alta ou muito alta dentro do mesmo departamento subiu de 68% para 83% e, na empresa como um todo, passou de 68% para 81%.
Colaboração em alta
O estudo também apontou que a representação de colaboração está relacionada com a solução que as pessoas usam para trabalhar - para 40% dos profissionais ela é representada pela possibilidade de criar e trabalhar em documentos compartilhados, seguida pela criação de grupos de trabalho e salas de bate papo para discussão de projetos específicos, item apontado por 32% dos entrevistados, o dobro da edição anterior do estudo.
O entendimento dos benefícios das soluções de colaboração vem se ampliando. Para 83% dos entrevistados, essas soluções os fazem colaborar mais. E para 84% deles, elas permitem que sejam mais produtivos e eficientes. Além disso, essas soluções passam também a ter um papel importante em habilitar mudanças - para 82%, elas aumentam a capacidade de se adaptarem rapidamente às mudanças que acontecem todos os dias. Além das percepções pessoais, os entrevistados também enxergam impactos das soluções de colaboração para as empresas como um todo, principalmente para promover mais pertencimento (81%), acelerar o desenvolvimento de novos produtos e serviços (50%) e avançar mais rapidamente com iniciativas de inovação (40%).
"Não há dúvida que a tecnologia nos permite ser mais produtivos em nosso dia a dia, porém o fator que realmente atrai e retém as pessoas para estas soluções é seu uso para colaboração com os mais diversos objetivos. Quando vislumbramos o futuro do trabalho, devemos pensar em como podemos fazer diferente e não fazer mais em menos tempo Bravo”, observa Bravo.
Especificamente sobre o Google Workspace, que reúne ferramentas de colaboração do Google como Gmail, Chat, Meet e Drive, 87% dos usuários entrevistados declaram que usar esta solução é dar um passo em direção a como empresas altamente colaborativas trabalham. Além disso, 83% dos usuários do Google Workspace declaram que esta solução é o que há de melhor e mais moderno quando o assunto é colaboração.