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Jaime Cimenti

Jaime Cimenti

Publicada em 27 de Março de 2025 às 19:27

Os setenta anos de Ripley de Patrícia Highsmith

o talentoso ripley

o talentoso ripley

/EDITORA INTRÍNSECA/DIVULGAÇÃO/JC
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Jaime Cimenti
Em 1955 a escritora norte-americana Patrícia Highsmith, uma das autoras policiais mais importantes do mundo, lançou o clássico moderno do gênero O talentoso Ripley, agora reeditado pela Editora Intrínseca (336 páginas, R$ 59,90), em homenagem ao aniversário de publicação. Simultaneamente a Intrínseca está lançando Ripley Subterrâneo e O jogo de Ripley (336 páginas cada e preço de R$ 59,90).
Em 1955 a escritora norte-americana Patrícia Highsmith, uma das autoras policiais mais importantes do mundo, lançou o clássico moderno do gênero O talentoso Ripley, agora reeditado pela Editora Intrínseca (336 páginas, R$ 59,90), em homenagem ao aniversário de publicação. Simultaneamente a Intrínseca está lançando Ripley Subterrâneo e O jogo de Ripley (336 páginas cada e preço de R$ 59,90).
Patrícia inovou o romance policial com abordagens psicológicas incríveis. Tom Ripley, com muito carisma, conquistou milhões de leitores mundo afora e tornou-se um dos mais famosos sociopatas da literatura. A história ganhou adaptações para o cinema e o streaming. Ripley série na Netflix é a mais recente e ganhou u Emmy em 2024.
Na narrativa, Ripley está tentando se estabelecer em Manhattan, após fugir de seu lar disfuncional. Bom de lábia, exímio imitador e piadista, praticante de furtos e pequenos golpes, ele recebe a missão de ir para a Itália para tentar trazer Dickie Greenleaf de lá, para cuidar da industria da família. A rica menina Marge, apaixonada por Dickie, vai atrapalhar a amizade dos dois e Ripley vai tomar o dinheiro, a personalidade e tudo mais do amigo, que o rejeitara. Ripley é considerado um personagem com uma das construções mais complexas e aspectos de sua sexualidade e personalidade geram debates até hoje.
Ripley Subterrâneo mostra o personagem, alguns anos depois, vivendo bem no sul da França, ao lado da esposa, herdeira de grande fortuna. Ele falsifica quadros e precisou mudar de identidade uma vez mais. A autora mergulha na psique de Ripley para saber a orígem de tantos golpes.
O jogo de Ripley mostra o anti-herói se afastando do crime e tentanto viver em paz com a esposa, em casa, pintando quadros na luxuosa propriedade. Daí recebe uma proposta para se envolver em assassinatos de membros da máfia. Ele pensa em aproveitar a oportunidade para vingar-se de um inimigo...
No segundo semestre de 2025 a Intrínseca lançará os dois últimos volumes da série Ripley.
 

Lançamentos

VISOES DA DESIGUALDADE

VISOES DA DESIGUALDADE

/TODAVIA/DIVULGAÇÃO/JC
Meu caso de amor com o Brasil (Pallas Editora, 214 páginas, R$ 56,00), do jornalista, professor, antropólogo e pesquisador italiano Bruno Barba, mostra como ele, depois de viagens ao Brasil durante 33 anos, se encantou e se desencantou. Barba fala de religiões afro-brasileiras, racismo, política, futebol e imigração, com elogios, críticas e muita paixão.
Os mortos também falam (Objetiva, 176 páginas, R$ 59,90), do médico-legista e professor de medicina legal Philippe Boxho, apresenta casos extraordinários envolvendo mortos, autópsias, cadáveres desaparecidos, suicídios inimagináveis, assassinatos disfarçados etc e mostra que a morte nem sempre é o que parece.
Visões da desigualdade - Da Revolução Francesa ao fim da Guerra Fria (Todavia, 352 páginas, R$ 119,90), de Branko Milanovic, especialista em desigualdade e distribuição de renda, ex-economista-chefe do Banco Mundial, traz 200 anos de estudos de Quesnay, Adam Smith, David Ricardo, Marx, Vilfredo Pareto e Kuznets, com a evolução do pensamento sobre os tema-título do livro.
 

É o amooorrr!

Conforme comprovam os best-sellers internacionais, os filmes, peças de teatro e outras manifestações que andam hoje no streaming, o amor, o sexo, o dinheiro e o poder são as maiores molas propulsoras dos humanos. Muitas vezes elas andam emboladas e não se sabe onde começa uma e termina a outra. Nelson Rodrigues escreveu que o dinheiro compra até amor verdadeiro. Uns dizem que o dinheiro nunca mandou tanto nesse mundo. Vou até perguntar para o Elon Musk o que ele acha. Ele é mais rico do que o Trump. Quem manda lá, então? Cartas para a redação.
Amores e relações entre pessoas com idades e condições socio-econômicas diferentes são mais antigos do que a Sé de Braga. Na Grécia e na Roma antigas, homens mais velhos curtiam "novilhos precoces", jovens que lhes passavam boas energias. Na história da humanidade, homens e mulheres maduros se envolveram com parceiros mais jovens, alguns com décadas de idade a menos. Tem umas coroas aí, com etarismo incorreto, se achando, que andam dizendo que só querem mocinhos, que quem gosta de xaxim velho é orquídea. Triste idosofobia.
Nada de novo à luz do sol. Há poucas décadas atrás Olacyr de Moraes, o Rei da Soja, quando estava bem de caixa, desfilava com lindas namoradas jovens e quando lhe perguntaram se elas andavam com ele por interesse ele disse que não estava muito preocupado com isso, assim como não se preocupava se as lagostas que degustava eram interesseiras...Já um conhecido meu, que é amante latino e que está com uns 96 anos, me disse que nunca pagou mulher. Como tu fazes?, perguntei e aí ele me disse que dá para as mocinhas um dinheiro para o táxi. Quanto? perguntei. "Uns oitocentos pilas", disse ele, tranquilo e elegante. Bom, as amiguinhas dele devem morar longe.
Por estes dias, a falação gira em torno do recente casamento do cantor Amado Batista com uma mulher cinquenta anos mais nova. Ela tem 23, ele 73. Muitos desejaram felicidades, muitos estão com ciúmes e outros ficaram meio desconfiados. Miss Calita Franciele, a noiva, que esqueceu de partes dos biquinis para a lua de mel, mas conseguiu comprá-las depois, disse, na internet, que Amado aguenta firme a pegada, mais do que alguns novinhos, e que ela tem seu próprio dinheiro e não tem preocupações nesse sentido. Desejo felicidade ao novel casal e que cantem juntos a lendária canção do Frank Sinatra, You make me feel so young - ou pode ser também É o amor, do Zezé Di Camargo & Luciano, como acharem melhor.
Alguns cueras aí da fronteira andam dizendo, meio sestrosos e preocupados, que o povo sempre falou que homem velho com mulher nova, ou dá guampa ou dá cova. Preconceito barbaridade, e uns ainda lembram que a voz sábia do povo diz que viúva é como lenha verde, chora, mas pega fogo. Mas que barrrbaridade, como diria o Guri de Uruguaiana, tranquilo como água de poço com a perpétua Silvia Helena, com quem está casado há uns trinta anos e pelo visto a coisa ainda vai longe.

A propósito...

Charles Chaplin sempre gostou de mulheres muito mais jovens que ele. Aos 54 anos se apaixonou por Oona O'Neil, filha do dramatugo Eugene O`Neil. Ela tinha 18 anos. Tiveram oito filhos e o casamento feliz durou 34 anos, até a morte de Carlitos, aos 88. O amor não precisa de muitas regras e não precisa ter idade. No filme Harold and Maude - Ensina-me a viver, um jovem meio suicida se envolve com uma velha jovial de 79 anos. E viva um amigo meu, setentão, viúvo depois de longo casamento feliz, que não é Rei mas gosta de coroa. Já pegou três, é tríplice coroado. (Jaime Cimenti)
 

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