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Jaime Cimenti

Jaime Cimenti

Publicada em 20 de Março de 2025 às 19:01

Encontro de mentes fatal no final da Segunda Guerra

Livro O nazista e o psiquiatra

Livro O nazista e o psiquiatra

EDITORA PLANETA/DIVULGAÇÃO/JC
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Jaime Cimenti
O nazista e o psiquiatra (Planeta, 320 páginas, R$ 49,00, tradução de Solange Pinheiro), do premiado jornalista e escritor Jack El-Hai, especializado em reportagens sobre história,medicina e ciência, narra, em síntese, um encontro de mentes fatal no final da Segunda Guerra Mundial. Hermann Göring, o marechal do Reich, preso em 1945 no final da Guerra, foi levado a um centro de detenção administrado por norte-americanos em Luxemburgo. Devastado pela guerra, ele estava lá com dezenas de malas contendo medalhas, pedras preciosas, dois cortadores de charutos, roupas íntimas, bolsa de água quente e dinheiro e, escondidas numa lata de café, cápsulas de vidro com cianeto de potássio.
O nazista e o psiquiatra (Planeta, 320 páginas, R$ 49,00, tradução de Solange Pinheiro), do premiado jornalista e escritor Jack El-Hai, especializado em reportagens sobre história,medicina e ciência, narra, em síntese, um encontro de mentes fatal no final da Segunda Guerra Mundial. Hermann Göring, o marechal do Reich, preso em 1945 no final da Guerra, foi levado a um centro de detenção administrado por norte-americanos em Luxemburgo. Devastado pela guerra, ele estava lá com dezenas de malas contendo medalhas, pedras preciosas, dois cortadores de charutos, roupas íntimas, bolsa de água quente e dinheiro e, escondidas numa lata de café, cápsulas de vidro com cianeto de potássio.
Jack El-Hai é autor do famoso The Lobotomist e recebeu prêmios importantes como o June Roth Memorial para jornalistas de medicina. Em O nazista e o psiquiatra, Jack conta o encontro entre o psiquiatra norte-americano Douglas M. Kelley, capitão do exército americano, e Göring. Douglas foi especialmente enviado para supervisionar o estado mental de Göring e outros prisioneiros da elite do regime nazista, a serem julgados em Nuremberg. Os prisioneiros precisavam estar aptos para o julgamento. O jovem médico e oficial viu que estava diante da grande oportunidade de sua carreira.
Douglas se propôs a examinar e tentar desvendar as mentes de homens capazes de promover atos tão terríveis e tantas atrocidades. No percurso, as coisas não se mostram tão preto-no-branco e, na tentativa de identificar traços dos monstros nazistas, ele se depara com o carisma de Göring e com sua capacidade de conquistar os interlocutores. O mal tem seus encantos? Seriam os nazistas menos humanos que o restante da humanidade? questiona o psiquiatra, após longas conversas.
O livro está prestes a ganhar uma adaptação cinematográfica, que será estrelada por nomes como Russel Crowe e Rami Malek e, assim, os leitores têm tempo para ler a obra e se preparar para a estreia.
 

Lançamentos

viver & ser feliz

viver & ser feliz

EDITORA AGE/DIVULGAÇÃO/JC
Uso nocivo de internet e mídias sociais (Editora Juruá, 84 páginas), de Ilana Luiz Fermann, mestra e doutora em Psicologia Clínica e professora universitária, trata com clareza, consistência e didatismo a verificação de sintomas de universitários que fazem uso nocivo de internet. A obra traz soluções e protocolos de tratamento/intervenção. Lançamento 28/3, 19h, Livraria Santos, Dinarte Ribeiro 148.
1964 : Golpe ou Contragolpe? ( L&PM Editores, 368 páginas, R$ 99,90), clássico do grande jornalista e historiador Hélio Silva, com colaboração de Maria Cecília Ribas Carneiro, em nova edição, recupera com documentos, isenção e fidelidade as minúcias do contexto histórico, da preparação, da eclosão e os primeiros movimentos dos militares que governaram o Brasil de 1964 a 1985.
Viver & Ser Feliz (Editora AGE, 272 páginas), do consagrado advogado, jornalista e escritor Edson Pereira Neves, com base na rica experiência de vida do autor e em citações literárias, filosóficas e históricas, mostra que toda vida precisa ter um significado e não apenas existir. Ajudando o próximo, o maior benefício é de quem serve, ama e é grato por viver plenamente a felicidade.
 

Valentina

Ia escrever vovô como título desta crônica, mas achei melhor, mais justo e mais adequado colocar o nome da minha netinha linda, que nasceu há dois meses. Agora eu sou mais imortal ainda, com a primeira neta que chegou um pouco antes da hora e com olhos bem abertos para o mundo. Inevitável dizer que neto é filho com açúcar, sem aquela responsabilidade toda de pai. Inevitável lembrar que aqui nos pampas o pai é peão do filho e cavalo do neto. Inevitável dizer que ser avô é uma experiência diferente. Quando fui pai, pensei que Deus tinha passado verniz no planeta, que eu tinha entrado em outras dimensões, que a vida tinha ganhado sentidos maiores e que poderia deixar meus legados bons para as filhas.
Fui avô com quase setenta e um anos, me sinto quase um bisavô, a Valentina veio em ótima e iluminada hora, depois de umas perdas recentes que estou deixando que o tempo leve, a seu tempo, para seu baú de guardados. Um bebê, com sua pele novinha como as folhas de um caderno escolar novo, pronto para começar a ser escrito, é sempre uma esperança de uma pessoa e de um mundo melhores. Sempre uma esperança de alguém que vai trazer algo bom, criativo e saudável para a Terra. Um bebê é sempre um nova luz, especialmente em momentos em que o planeta anda meio sombrio.
Valentina, a esta hora deves estar dormindo, sonhando com a próxima mamada e com os próximos carinhos dos teus pais que te amam muito. Não te assusta, Valentina, esse velho mundo sempre foi meio assim, meio luz, meio sombra, meio paz e meio guerra, meio doido e meio sensato. Daqui a um mês vais fixar o olhar nos nossos olhos e aí mais adiante o vovô vai te falar sobre mindfulness, consciência mental e corporal e outras velhas novidades que os novos coaches andam ensinando por aí. Teu vô gosta muito de palavras, de livros e dizem que é um bom contador de histórias. Logo tu vais entender, Valentina, que contar histórias é tão essencial quanto as mamadeiras que estás degustando para crescer.
Quando a gente tem filho, especialmente se foi pai um pouco mais velho, a gente se preocupa mais com a saúde e quer ver os filhos crescerem. Pois agora, Valentina, tu nasceste e isto anima o vovô a se cuidar, para te ver crescer e para que um dia possa ir nas tuas festas de quinze anos, formatura, casamento e quem sabe até ver nascer algum bisneto. Não conheci um dos meus avôs e convivi poucos meses com o outro. Eles moravam na Itália, se foram cedo. Ficaram as memórias, as histórias e as fotografias. Eles vivem, só vão morrer quando eu não lembrar mais deles. Quero que tu tenhas, Valentina, avôs por muito tempo. Dizem que o brinquedo mais interessante das crianças é o vô. Tô dentro, Valen! Papel de vô é mimar, brincar e rir junto, mas vô também tem papel de cuidar e tentar botar alguma ordem no caos.
Vou te contar um segredo, Valentina. Teu avô é tipo assim um general anarquista, meio disciplinado e meio solto. Mais adiante vamos conversar sobre as folhas brancas e sobre as linhas dos cadernos.

A propósito...

Valentina, como te disse, o mundo tem coisas e pessoas de vários tipos. De tudo um pouco. Bem e mal, doce e amargo. A vida, dizem, é uma graça triste. Desejo o melhor para ti, nessa caminhada de realismo fantástico que é a vida. Obrigado por teres nascido. Dorme bem, te alimenta bem, faz exercícios, e que Deus te dê bons propósitos para levantar da cama de manhã. Bem-vinda, Valentina! Tomara que sorrias muito para a vida e que ela te retribua sorrindo! Vovô babão te ama e já está pensando em viagens dentro e fora de casa! (Jaime Cimenti)
 

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