Após o assassinato de César, dois homens poderosos permaneceram em Roma. Marco Antônio, aliado de César, e o filho adotivo do falecido déspota, o jovem Otaviano. Ao se apaixonar por Cléopatra, a mulher mais poderosa do mundo, Marco Antônio frustra as ambições de Otaviano e eclode uma guerra civil. Em 31 a.C. ocorre a Batalha de Ácio, uma das maiores batalhas navais do mundo antigo, que modificou os rumos da história.
A guerra que criou o Império Romano — Antônio, Cleópatra e Otaviano em Ácio (Planeta do Brasil, 368 páginas, R$ 104,90, tradução de Gil Reyes e revisão técnica de Pedro Peixoto), do grande estudioso nova-iorquino Barry Strauss, bacharel, mestre e doutor em História pela Cornell e Universidade de Yale, apresenta uma visão moderna da campanha que determinou o futuro de Roma.
Otaviano, apoiado pela irmã Otávia e o talentoso general Agripa, enfrentou Marco Aurélio e Cleópatra. Se Marco Aurélio e Cleópatra tivessem vencido, a capital poderia ter sido transferida para Alexandria, a cidade da rainha egípcia, e o latim seria substituído pelo grego — falado em todo o Mediterrâneo oriental — como a principal língua do império.
A obra de Strauss recria a Batalha de Ácio em detalhes. Oferece, com base em documentos e estudos, a primeira reconstrução do ponto de virada da guerra: surpreendentemente, um embate que teve lugar cerca de seis meses antes de Ácio. Ácio não foi um evento isolado e, sim, o clímax de uma campanha de seis meses que envolveu confrontos por terra e mar.
A história verdadeira de Ácio está longe da versão oficial. No passado, alguns entenderam que Ácio, por sua brevidade, foi uma batalha menor. Novos materiais, reinterpretações de fontes literárias e evidências arqueológicas mostram que Ácio foi muito maior e mais intrigante do que se pensava. Barry Strauss, com sua obra, está aí para jogar luz nos mitos criados sobre Ácio e abrir novos horizontes.