Murdle - Volume 2 ( Editora Intrínseca, 400 páginas, R$ 59,90), do consagrado escritor norte-americano G.T. Karber, criador do popular jogo on-line Murdle, apresenta 100 mistérios, de básicos a impossíveis, para os leitores solucionarem usando a lógica, a habilidade e o poder de dedução. O volume 1 foi best-seller mundial, sucesso de crítica e público, e também no Brasil.
G.T. Karber se formou com distinção summa cum laude em matemática e literatura pela Universidade de Arkansas. Mudou-se para Los Angeles (EUA), onde obteve mestrado em belas artes pela University of Southern California. Foi secretário-geral da Sociedade dos Mistérios de Hollywood e supervisionou a encenação de dezenas de obras imersivas no estilo "Quem matou?", na região de Los Angeles.
Murdle 2 traz novos desafios para os leitores-detetives, misturando com habilidade o clássico detetive e enigmas interativos que divertirão mesmo os investigadores experientes por horas e horas. Nesses novos episódios, o dedutivo Logicus - o maior cérebro do mundo na dedução de assassinatos - é surpreendido com um convite misterioso para visitar a ilha Violeta, que parece esconder muitos segredos. Depois, ele e o inspetor Irratino se veem no sombrio território de Dracônia. Os homicídios vão persegui-los por toda parte.
Nos casos mais simples os leitores, em cada morte, precisam responder: quem, onde e como. Nos médios é necessário descobrir quais suspeitos estão mentindo. Nos muito difíceis aumenta o número de suspeitos, armas e locais e é preciso descobrir carro, classe social, livro preferido e outros elementos dos assassinos. Nos casos impossíveis se requer que sejam desvendadas as motivações dos crimes.
Altamente metalinguistico, Murdle 2 usa os elementos das histórias de detetives para criar uma brincadeira hilária em que os conhecimentos de numerologia, mapas de labirintos, sequências de DNA e muito mais são utilizados.
Murdle 2 é perfeito para instigar o detetive que existe dentro de cada um de nós.
A outra língua das mulheres (Pallas Editora, 184 páginas, R$ 62,00), da premiada escritora camaronesa Léonora Miano (Prêmio Goncourt-2006) fala da língua que sempre foi falada na África e se apoia na história, mitos, espiritualidade e práticas sociais das mulheres subsaarianas para trazer o rico patrimônio das potencialidades femininas.
A louca da casa (Todavia, 216 páginas, R$ 49,90), romance de Rosa Montero, expoente da literatura espanhola com A ridícula ideia de nunca mais te ver, O perigo de estar lúcida e outros romances, editados pela Todavia, trata de fantasias, devaneios e medos de escritores e de todos nós. História de amor e salvação entre Rosa e sua fervilhante imaginação, consagrada universalmente e premiada.
Baumgartner (Companhia das Letras, 172 páginas, R$ 58,00), último romance do genial Paul Auster, autor da trilogia de Nova York, é história de amor , luto e memória. Baumgartner, 71, professor de filosofia às vésperas da aposentadoria, ama sua esposa morta num acidente no mar há anos. As memórias vão aos anos 1960, quando o casal, sem dinheiro, estudava e escrevia em Nova York.
Os mais idosos como eu lembram dos antigos manuais de etiqueta e boas maneiras. Como vocês sabem, as duas coisas visavam a uma convivência social respeitosa e harmoniosa. Etiqueta era um conjunto de regras definidoras do que era esperado em determinadas situações e ocasiões, tipo chegar no horário, pedir licença, cumprimentar e tal. Boas maneiras eram os gestos e as atitudes que se enquadravam nestas regras.
Em alguns locais e para algumas pessoas ainda existem regras de etiqueta e prática de boas maneiras. Martha Calderaro, Gloria Kalil, Danuza Leão, Costanza Pascolato, Claudia Matarazzo e a nossa querida Celia Ribeiro são autoras mais recentes que trataram de etiqueta, boas maneiras e moda.
Nesses tempos de polarizações políticas e ideológicas deletérias, vida com velocidade de foguete, discussões vulcânicas e intermináveis sobre temas polêmicos, debates e brigas em família e fora dela, parece frescura ficar falando em etiqueta e boas maneiras. Aliás, tem um livro famoso com o título Etiqueta sem frescura, de Claudia Matarazzo. Os livros de Danuza Leão priorizavam a delicadeza nas relações entre as pessoas.
Meu pai, que era italiano, me ensinou algo bem oriental: às vezes (ou quase sempre), a melhor maneira de ganhar uma discussão é não começar a discussão. Tenho procurado não ser formal, chato, cerimonioso e, como todo mundo, vou aprendendo que cumprimentar, falar baixo, dizer obrigado, com licença e desculpe fazem bem para a gente e para os outros. Sim, quando eu era guri li Como fazer amigos e influenciar pessoas do imortal Dale Carnegie, O Pequeno Príncipe, O poder do pensamento positivo e outros livros que ajudaram os autores e me ajudaram.
Olhar para a pessoa que está conversando com você, perguntar o nome, segurar a porta para os outros, abrir a porta do carro, puxar a cadeira, tolerar o comportamento alheio, largar o celular nas refeições, atender o celular longe dos ouvidos alheios, ser pontual, responder aos convites, não postar fotos de quem não quer ser postado, não fazer muito barulho, não responder e-mails de cabeça quente, ficar em casa quando está doente, bater na porta antes de entrar, não mastigar de boca aberta, deixar as pessoas saírem do elevador antes de entrar, ensinar boas maneiras aos filhos e netos, desligar o celular no cinema e ficar quieto durante o filme, ajudar os outros e oferecer comida e bebida são algumas orientações válidas, mesmo nesses tempos malucos que vivemos.
Mais especificamente em termos de economia, política, costumes e temas polêmicos como gênero, aborto, pena de morte, drogas e outras questões complicadas, o melhor é conhecer bem as pessoas e o terreno onde está pisando e ir com calma. Ou nem ir. Tem horas que é melhor falar sobre o tempo, a natureza, delícias gastronômicas, coisas engraçadas e outros temas que sejam bons para a saúde e fortaleçam as amizades. Óbvio que é difícil e, muitas vezes, impossível, mas procure preservar sua paz, sua saúde física e mental o máximo que puder.
Se for inevitável bater de frente, procure usar para-choques verbais, desculpas e pretextos salvadores, e diga que não quer perder o carinho do seu irmão, do seu amigo ou colega de trabalho por causa de polarizações ou políticos que são o que são. Melhor não partir para o ataque pessoal. Pensando bem, o silêncio e a indiferença são ainda as melhores respostas e atitudes diante de certas palavras e gestos que pessoas que não valem nada praticarem contra você, que no fundo tem razão. Gafes, mal-entendidos e desentendimentos fazem parte da vida, mas alegria, sorrisos, gratidão e um pouco de loucura valem mais a pena. Leve a vida a sério, leve a sério a brincadeira e polarize na cerveja. (Jaime Cimenti)