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Jaime Cimenti

Jaime Cimenti

Publicada em 13 de Novembro de 2024 às 19:43

Ikigai - O segredo japonês para uma vida longa e feliz

ikigai

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EDITORA INTRÍNSECA/DIVULGAÇÃO/JC
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Jaime Cimenti
Quase todo mundo quer viver muitos anos, com saúde e felicidade. Desde sempre o ser humano tenta se entender, entender os outros e o mundo e buscar a existência mais saudável e pacífica possível. Sim, temos instintos destrutivos e em muitas criaturas eles predominam, infelizmente. Somos anjos e demônios, por vezes, tudo misturado.
Quase todo mundo quer viver muitos anos, com saúde e felicidade. Desde sempre o ser humano tenta se entender, entender os outros e o mundo e buscar a existência mais saudável e pacífica possível. Sim, temos instintos destrutivos e em muitas criaturas eles predominam, infelizmente. Somos anjos e demônios, por vezes, tudo misturado.
Os japoneses têm uma cultura e uma civilização de vários milênios e têm muito o que dizer sobre vida longa, felicidade, trabalho e saúde. Ikigai - O segredo japonês para uma vida longa e feliz (Editora Intrínseca, 208 páginas, R$ 49,90), de Héctor García, engenheiro espanhol radicado no Japão há decadas, autor do best-seller A Geek in Japan e responsável pelo famoso blog Kirai, e de Francesc Mirales, coach, escritor, editor e especialista em literatura de autoajuda e desenvolvimento pessoal, apresentam uma obra de sucesso que investiga hábitos e cultura das pessoas mais longevas do mundo.
Hector e Francesc visitaram o vilarejo de Ogimi, no arquipélago de Okinawa, no sul do Japão e entrevistaram centenas de pessoas para saber sobre alimentação, vida, trabalho, exercícios e longevidade. Lá a proporção com pessoas de cem anos ou mais chega a 24 para cada 100 mil habitantes. Okinawa é a principal das cinco Zonas Azuis do mundo.
"Apenas em meio à atividade desejarás viver cem anos", diz um provérbio japonês. Segundo a tradição japonesa, todos temos um ikigai - uma razão para viver. Encontrá-la é a chave para uma vida mais longa e feliz. Ter um forte senso de ikigai - o ponto em que paixão, missão, vocação e profissão se cruzam - significa que cada dia está repleto de significado. Esse é o motivo pelo qual nos levantamos de manhã.
O ikigai também é a razão pela qual muitos japoneses nunca se aposentam. Na verdade na língua japonesa a palavra aposentar-se não existe. Para combater o envelhecimento, os japoneses procuram ocupação, e os okinawanos tem como tradição o moai, um grupo de pessoas com interesses em comum que se reúnem para ajudar uns aos outros.
É isso, descubra seu ikigai, ocupe-se com alegria e vida longa para você.
 

Lançamentos

Veias abertas que sangram o Brasil - Sagas e heranças de Portugal (Editora AGE, 268 páginas, R$ 51,20) do renomado empresário e escritor Felipe Daiello, com consistência, linguagem adequada e com interpretações pessoais, fala de Portugal, do Brasil e das históricas relações entre os dois países. Prefácio do Dr. Ives Gandra da Silva Martins, consagrado jurista e advogado.
Invisíveis - O lugar de indígenas e negros na história da imigração alemã (Carta Editora, 208 páginas), dos consagrados e experientes jornalistas Gilson Camargo e Dominga Menezes, aborda, com fortes embasamentos, o apagamento de indígenas e negros da história da imigração alemã. A obra pretende recontar esse importante capítulo da história rio-grandense.
As Willis : Sexo, morte e escaravelhos (BesouroBox, 336 páginas, R$ 67,00), do celebrado professor, cineasta, músico e escritor Carlos Gerbase, é um alentado romance, pleno de erotismo e suspense. Gisele, noiva que morre num acidente de carro na ida para o casamento, volta à vida. Vida das Willis, grupo de cinco mulheres com destinos semelhantes.
 

Essa tal felicidade

Concordo com quem diz que o maior pecado da vida - que é curta e passa depressa - é não ser feliz. Não acho impossível ser feliz sozinho, mas, ao fim e ao cabo, somos anjos de uma asa só, que precisam do outro para voar. Aliás, desde que as pessoas nascem, até o fim da adolescência, que para muitos é lá pelos quarenta anos, as pessoas dependem dos outros. E como disse a Santa Madre Teresa de Calcutá, se a gente se aproxima de alguém, é melhor sair do encontro melhor do que quando chegou.
Há milênios as pessoas pensam, refletem e agem em relação à felicidade. Alguns acham que dinheiro traz felicidade. Os italianos dizem que dinheiro não traz felicidade, mas acalma muito os nervos. Uns dizem que no banco tem riqueza, mas não felicidade. Há quem aposte suas fichas no amor e uma cabana para ser feliz e, realmente,é melhor que o amor, sempre que possível, ganhe durante e no final do jogo da vida, quando os olhos,as janelas da alma, se fecharem pela última vez.
Sexo e poder são, para muitos, orgásmicos e neles estaria a felicidade suprema. Os romances best-sellers internacionais, basicamente, apresentam histórias envolvendo amor, sexo, dinheiro e poder, as molas mais propulsoras dos mortais, o que coloca as engrenagens do mundo a girar.
Claro que felicidade depende de época, de situações pessoais, de condições de vida, de conceitos sociais, culturais e espirituais e de fatores, muitas vezes, extremamente individuais. Há um certo consenso que na vida temos momentos felizes e que felicidade não é algo contínuo. Faz sentido, pois se felicidade durasse todo o tempo, como iríamos distinguir quando se é feliz ou não? Será que tristeza não tem fim e felicidade, sim, como está na canção do Tom Jobim?
O tema da felicidade nas últimas décadas cresceu de importância, e em Harvard existe o famoso curso do professor Tal Bem-Shahar, onde milhares foram saber como se realizar pessoalmente. O curso é mais popular do que direito ou medicina. Tem o best-seller O jeito Harvard de ser feliz, de Shawn Achor, entre muitos outros sobre o tema.
Há quem pense que felicidade é quando a gente vê que a vida e o tempo não estão passando em vão. Há quem diga que a felicidade está mais perto das coisas simples, dos pequenos grandes prazeres do cotidiano e de não encher tanto a cabeça com milhões de imagens, sons, palavras e informações. Isso especialmente sobre os dramas econômicos, políticos, sociais, religiosos e humanos que andam por quase todo esse planeta enlouquecido.
Até que ponto merecemos o título de Homo sapiens? Tanta descoberta, tanta ciência, tanta tecnologia e comunicação e muitas vezes no domingo de noite estamos aí nos perguntando quem somos, de onde viemos e para onde vamos - e aí, sem respostas, vamos ver um filme, tomar algo e dormir para enfrentar a segunda-feira. Dizem que segunda tem esse gosto de ressaca porque Deus teria se arrependido de sua criação.

A propósito...

O grande cientista Albert Einstein, que disse que a imaginação é mais importante do que o conhecimento, gostava de pensar, refletir e falar sobre saúde mental. Disse ele: "Uma vida calma e modesta traz mais felicidade do que a busca do sucesso combinada com uma constante inquietação". Está certo ele, pois, realmente, sucesso é conseguir o que se quer e felicidade é ficar contente com as conquistas. Se concentrar, desacelerar (mas sem parar) e estar plenamente consciente, em horas boas e ruins, é o caminho para viver mais e melhor. Sono, boa alimentação, exercícios, amor, ocupação e convívio saudável consigo e com os outros é o que mais interessa. O resto não tem muita pressa. (Jaime Cimenti)
 

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