A Guerra dos Furacões (Editora Intrínseca, 416 páginas, R$ 69,90; tradução de Laura Pohl), romance de estreia da filipina Thea Guanzon, é o primeiro volume de uma trilogia arrebatadora e tornou-se best-seller instantâneo do The New York Times.
A obra se enquadra no gênero romantasia (entre o romance e a fantasia) e mescla muito bem fantasia, romance, política e magia com inspiração no Sudoeste Asiático. O enredo tem como centro o dilema de uma jovem guerreira que, ao descobrir a verdade sobre suas raízes, precisa tomar uma difícil decisão que pode significar a sobrevivência de seu povo.
Brava lutadora da Guerra dos Furacões, conflito sangrento que já atravessava uma década, Talasyn vê o cerco contra a Sardóvia se fechar mais a cada dia, graças à fúria e à potência bélica do reino de Kesath, regido pelos Forjadores de Sombras. Talasyn foi abandonada quando pequena, não sabe sua origem, mas guarda um segredo perigoso: ela é a última Tecelã capaz de conjurar a magia da Luz, após todos os outros serem dizimados pelo temível Gaheris, o Imperador da Noite.
Enviada em missão a um território neutro, a guerreira vai entender a sensação estranha que sempre a atraiu para o lugar. Herdeira perdida do trono, neta da Imperatriz Dragão e única filha do Príncipe Elagbi, que não pode assumir o trono na sociedade matriarcal, Talasyn vai receber uma proposta de uma aliança nefasta para garantir asilo político a seus compatriotas.
Ela vai ser pressionada a aceitar um casamento com o herdeiro do Império da Noite e seu inimigo mortal. A pressão fica ainda maior quando descobrem que a união entre seus poderes - Luz e Sombra - é a única defesa capaz de controlar uma ameaça ainda maior do que a guerra. Muitas ações, reviravoltas, reflexões e tensões acontecerão, envolvendo questões de amor e de guerra. Com muita habilidade narrativa, a autora foge de visões maniqueístas e oferece diferentes perspectivas envolvendo os jovens herdeiros.