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Jaime Cimenti

Jaime Cimenti

Publicada em 22 de Fevereiro de 2024 às 17:38

Zygmunt Bauman e as fronteiras da pós-modernidade

indicios da pos modernidade

indicios da pos modernidade

EDITORA UNESP/DIVULGAÇÃO/JC
o essencial chomsky

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EDITORA PLANETA/DIVULGAÇÃO/JC
racismo woke

racismo woke

AVIS RARA/DIVULGAÇÃO/JC
arte contemporânea em três tempos

arte contemporânea em três tempos

AUTÊNTICA/DIVULGAÇÃO/JC
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Jaime Cimenti
Zygmunt Bauman (1925-2017), polonês, filósofo, sociólogo e professor emérito de sociologia das Universidades de Leeds e Varsóvia, alcançou incrível notoriedade internacional com análises do mundo contemporâneo, e a Unesp publicou dele Hermenêutica e ciência social: abordagens da compreensão e Para uma sociologia crítica: Um ensaio sobre o senso comum e a emancipação.
Zygmunt Bauman (1925-2017), polonês, filósofo, sociólogo e professor emérito de sociologia das Universidades de Leeds e Varsóvia, alcançou incrível notoriedade internacional com análises do mundo contemporâneo, e a Unesp publicou dele Hermenêutica e ciência social: abordagens da compreensão e Para uma sociologia crítica: Um ensaio sobre o senso comum e a emancipação.
Bauman notabilizou-se especialmente pelo conceito da modernidade e das relações líquidas, com definição do indivíduo sobretudo como consumidor de produtos e informações, movimentação de pessoas e ideias, competição econômica, busca individual por sucesso, fluidez, constante movimento, incertezas e imprevisibilidade.
Zygmunt Bauman - Indícios da pós-modernidade (Editora Unesp, 336 páginas, R$ 89,00, tradução de Rachel Meneguello), lançado há pouco entre nós, apresenta ensaios atualizados e revistos e outros inéditos, que buscam abordar as tendências sociais, culturais e políticas das últimas décadas, geralmente discutidas no âmbito dos estudos sobre a pós-modernidade.
A pós-modernidade desfez antigas convicções e gerou infinitos questionamentos. O mundo parece ter mergulhado num mar de incertezas. Como se pode viver atualmente, em meio a tantas indefinições, pessoas, opiniões, imagens , sons e palavras que voam em velocidade nunca vista? Como tornar melhor um mundo tão barulhento, briguento, multifacetado, narcisista? Muitos atacam os conceitos nos estudos da pós-modernidade, mas Bauman propõe abrir o diálogo e mostrar sua relevância.
Bauman discute o colapso do comunismo como sintoma da pós-modernidade e apresenta um relato sobre como viver sem alternativas totalizantes.
Além de uma longa entrevista nas páginas finais, abordando muitos pontos de sua longa trajetória, Bauman no início apresenta um valioso guia sobre os antecedentes filosóficos da pós-modernidade e uma avaliação criteriosa das respostas sociológicas a ela em um mundo repleto de incertezas.
 

Lançamentos

O essencial Chomsky - Noam Chomsky (Editorial Crítica-Planeta, 656 páginas, R$ 149,90) traz 25 ensaios do grande pensador e professor do MIT, com organização de Anthony Arnove. Chomsky escreveu sobre B.F. Skinner, mídia corporativa e intervencionismo norte-americano, economia política e direitos humanos.
Racismo Woke (Avis Rara-Faro, 192 páginas, R$ 49,90), de John McWhorter, professor da Columbia University , autor de mais de vinte livros e articulista de jornais, mostra como a militância traiu o movimento antirracista. John diz que o problema está travestido de uma forma bem-intencionada, mas perniciosa de antirracismo, deixando de ser ideologia progressista para ser uma religião ilógica e inalcançável.
Arte contemporânea em três tempos (Autêntica, 176 páginas, R$ 44,90), de Ricardo Fabbrini, professor da USP, autor de O espaço de Ligia Clark e A arte depois das vanguardas e articulista, traz três ensaios sobre a arte dos anos 1970/2020, com as principais linhas de força do debate estético atual. Fim das vanguardas,pós-modernismo, arte relacional e outros temas estão no livro.
 

A comida amorosa e afetiva de Juliana Gueiros

O mundo da culinária é milenar, infinito, e a história da culinária é um dos capítulos mais importantes e saborosos da história da humanidade. Ferran Adrià, criador do célebre restaurante espanhol elBulli, que hoje é o museu elBulli1846, certa vez fechou o restaurante e saiu pelo mundo para saber de "uma nova maneira de cozinhar arroz"... A busca humana por alimentos, informações, técnicas e inovações culinárias é infindável. Comer é o primeiro e o último prazer das pessoas.
Na cozinha (Editora Intrínseca, 352 páginas, R$ 99,90), da chef de cozinha Juliana Gueiros, formada em 2013 entre os cinco primeiros colocados pela lendária Le Cordon Bleu Paris em Cuisine e Pâtisserie, apresenta técnicas de culinária, comentários sobre gastronomia e 150 receitas, envolvendo desde grãos a doces, passando por saladas, caldos, sopas, ovos , massas, molhos e derivados, peixes e frutos do mar, frango e carnes.
Não existem dois livros de culinária iguais, e cada chef tem seus segredos e revelações. Depois de morar em seis países e trabalhar em restaurantes internacionais como o Hart Bageri (do grupo Noma, de Copenhagen) e o Lazare em Paris, Juliana passou a postar, durante a pandemia, suas receitas no Instagram e a fornecer pratos para os amigos. Hoje são mais de 200 mil seguidores. Juliana foi criada na bancada da cozinha e preparou sua primeira refeição sozinha aos sete anos. Juliana cursou Administração e aprendeu sobre os aspectos burocráticos da gastronomia. Hoje, aos 26 anos, segue pensando, depois de quase duas décadas de intimidade com os alimentos e de ter transformado a paixão pela culinária em propósito de vida, que cozinhar é um ato de amor, cuidado, dedicação e carinho que muitas vezes dividimos com aqueles que mais amamos no mundo.
Na introdução, Juliana escreveu: "Na cozinha francesa clássica, a maioria das receitas é feita de forma extremamente precisa e meticulosa. Na cozinha de casa, acho que grande parte da graça está na liberdade: poder experimentar ,ajustar e alterar de acordo com o que gostamos ou até mesmo com o que temos na despensa de casa. Na confeitaria, a precisão será grande aliada. Quis trazer para este livro técnicas e práticas a fim de que você ganha cada vez mais confiança para brincar e saborear esse fantástico mundo que é a gastronomia. E não só isso: meu desejo é que você tenha o prazer de compartilhar amor e afeto em forma de comida."
O volume tem lindas e apetitosas fotos em cores e ensinamentos sobre compra de frutas e verduras, formas de cortar os alimentos, dicas sobre molhos, massas e saladas e um capítulo muito especial sobre o ovo, que, para Juliana, é "o ingrediente mágico da gastronomia." O último dos doze capítulos do livro apresenta doces brasileiros e estrangeiros, e Juliana salienta que é inegável que a cultura brasileira de sobremesas é única - e, por conta disso, ela quis trazer nossos bolos e doces para a obra.
 

A propósito

Realmente, o livro de Juliana e a forma como ela vive a gastronomia nos inspira a pensar que cozinhar para alguém é dos atos mais amorosos e afetivos que podemos praticar para nós mesmos e, principalmente, para a família e os amigos. Existem alimentos e pratos sofisticados, existem receitas simples e complicadas. Os grandes chefs de cozinha, nas horas de folga, adoram comer feijão com arroz, bife, ovo em cima do arroz, salada e batata frita, que de preferência lembrem a mãe, o pai, os irmãos, os avós, os tios e os amigos. Meu pai dizia: tão importante quanto o que tu comes, é com quem tu comes. Mesmo que vá fazer sua comida e comer sozinho, que seja com amor.

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